Portugal vai atualizar os sistemas de captura de alvos dos caças
F-16, uma operação que poderá custar cerca de 23 milhões de dólares
(cerca de 21 milhões de euros), refere um despacho publicado esta
terça-feira em Diário da Republica.
A modernização será objeto de negociação com o
fabricante Northrop-Grumman, única entidade com capacidade técnica para
prestar os serviços pretendidos, e terá um custo global de 22,7 milhões
de dólares, a repartir entre os anos de 2015 a 2022, em conformidade com
o previsto na Lei da Programação Militar e permite beneficiar de
economias de escalas e de condições especiais de fornecimento pela
integração do programa na última encomenda comercial dos ‘Marines’
norte-americanos, assim como dos investimentos já realizados nesta
modernização pelos parceiros operadores de F-16 da European
Participating Air Forces (EPAF).
O ministro da Defesa
Nacional autorizou o início do procedimento de modernização dos
designadores de alvos da frota F-16 MLU da Força Aérea (targeting pods
Litening ATII) para a versão G4, programa que se encontra inscrito na
Lei de Programação Militar (LPM), aprovada pela Lei Orgânica n.º 7/2015,
de 18 de maio.
Segundo fonte do ministério, a
modernização dos designadores de alvos dos F-16 vai permitir, por um
lado, manter os requisitos da NATO para que esta frota possa continuar a
operar em missões internacionais sem restrições, designadamente com a
consolidação da capacidade autônoma deste sistema em detectar,
identificar, seguir alvos e apoiar o emprego de armamento de precisão.
Por
outro lado, a modernização irá reforçar o emprego destas aeronaves no
apoio à vigilância do espaço aéreo, marítimo e terrestre.
Após
os vários processos de alienação de sistemas de armas e de
racionalização dos recursos da Defesa Nacional que decorreram no âmbito
da implementação da Reforma Defesa 2020, este programa insere-se,
segundo a mesma fonte, no objetivo de investir “de forma coerente,
racional e eficiente” no aumento do produto operacional das Forças
Armadas tendo em vista o cumprimento das suas missões prioritárias.
O
despacho assinado pelo ministro da Defesa, José Aguiar-Branco, a 31 de
Julho, produziu efeitos imediatos após a data da sua rubrica. Portugal
tem atualmente 27 caças F-16, depois de no ano passado ter acertado a
venda de 12 aeronaves ao Estado romeno.
Do Publico
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