As tentativas do Estado Islâmico (EI) de estabelecer um califado no Iraque e na Síria parecem estar se consolidando. É o que mostram dados compilados pelo Institute of the Study of War (ISW), uma organização independente dedicada à análise de assuntos militares.
De acordo com um estudo
de Jessica Lewis McFate, diretora de pesquisas do ISW, o período que
compreendeu os meses de junho e setembro de 2014 foi decisivo no que diz
respeito à conquista de objetivos militares no Iraque.
“O EI conseguiu obter o controle de 11 cidades, incluindo grandes
centros como Mossul, Tikrit, Baiji e Hawija”, explicou. Armados e bem
organizados, os militantes montaram as bases de sua infraestrutura a
partir da captura de usinas no rio Eufrates, pontes e campos de extração
de petróleo, que acabaram por se tornar suas maiores fontes de renda.
Ao longo do caminho em solo iraquiano, o grupo aos poucos conquistou
bases militares e colocou as mãos em equipamentos poderosos que foram
então rapidamente manobrados em direção ao outro lado da fronteira, na
Síria.
Em meados do ano passado, o EI já controlava áreas na Síria próximas de
Alepo e Raqqa, cidade que se tornou conhecida informalmente como a
capital do califado. A partir de Raqqa e Al Hasaka, passou a expandir
para Deier ez-Zor.
Formava-se um cinturão de controle que, por sua vez, ligava-se aos
corredores no Iraque. Com a queda de Mossul, ainda na metade de 2014, os
militantes do EI intensificaram os ataques na região do Curdistão
iraquiano e também no norte sírio, mais especificamente em Kobane.
Após meses de violentas batalhas
contra os curdos da Síria e do Iraque, que agiram com o auxílio de
bombardeios da coalizão, os jihadistas foram expulsos de Kobane em
janeiro de 2015. Nesta semana, contudo, retornaram para tentar novamente assegurar uma faixa de controle na fronteira com a Turquia.
O mapa abaixo, produzido com dados do ISW, destaca os locais no Iraque e
na Síria nos quais o EI já exerce a sua influência e mostra qual a
extensão do domínio garantido pelo grupo nestes países em junho de 2015.
De Exame
0 Comentários