A aviação russa bombardeou 86 "alvos terroristas" na Síria nas últimas
24 horas, um recorde desde o início da intervenção militar em 30 de
setembro, anunciou o ministério da Defesa em Moscou.
Os bombardeiros táticos Su-34 e os aviões de apoio de terra Su-24M e
Su-25SM realizaram 88 voos de combate para atingir alvos nas províncias
de Raqa, Hama, Idleb, Latakia e Aleppo, afirmou o porta-voz do
ministério, o general Igor Konachenkov.
A União Europeia pediu à Rússia, na segunda-feira (12), que "cesse
imediatamente" os bombardeios contra tropas da oposição moderada na
Síria, acrescentando que uma paz duradoura é impossível sob a atual
liderança do presidente Bashar al-Assad.
"As recentes operações militares russas que tiveram como alvo o Daesh
(Estado Islâmico) e outros grupos designados pela ONU como terroristas,
mas também a oposição moderada, são fonte de uma profunda preocupação e
devem cessar imediatamente", indicaram os 28 ministros das Relações
Exteriores em um comunicado.
A "escalada militar" russa, que começou a bombardear a Síria no dia 30
de setembro, "ameaça prolongar o conflito, minar o processo político,
agravar a situação humanitária e aumentar a radicalização",
acrescentaram ao término de uma reunião em Luxemburgo.
Os ministros convocaram Moscou a "centralizar seus esforços no objetivo
comum de alcançar uma solução política ao conflito" na Síria.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou no domingo que a
intervenção militar na Síria tem por objetivo "reforçar as autoridades
legítimas e criar as condições necessárias para encontrar um compromisso
político".
Mas para os europeus "não pode haver uma paz duradoura na Síria com a liderança atual", segundo a declaração.
Do G1
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