O Irã, que pretende modernizar a sua frota de aviões, encomendou 50 aeronaves do grupo brasileiro Embraer,
terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo depois da
Boeing e da Airbus, informou nesta terça-feira um porta-voz do governo
iraniano.
Como outras encomendas feitas desde a suspensão das sanções
internacionais em janeiro sob o Acordo nuclear iraniano com as grandes
potências, trata-se de um contrato de arrendamento, de acordo com o
porta-voz Mohammad Bagher Nobakht.
"O governo não vai gastar seus recursos limitados em coisas como a
compra de aviões", acrescentou, citado pela agência Mizan (ligada ao
Poder Judiciário iraniano).
O Irã já anunciou a compra de 40 aeronaves ao grupo francês ATR, líder
mundial em aeronaves turboélice e assinou um contrato para a compra de
118 aeronaves Airbus para serem entregues nos próximos quatro anos.
A encomenda junto ao Airbus inclui 73 aeronaves de fuselagem larga e 45
de corredor único (longo e médio alcance) por um montante de 10 a 11
bilhões de dólares, de acordo com o vice-ministro dos Transportes,
Asghar Fakhrieh Kashan.
Trata-se igualmente de um contrato de arrendamento, de acordo com o porta-voz do governo.
Cerca de 85% do financiamento virá da Airbus e bancos europeus, declarou
por sua parte Farhad Parvaresh, o presidente da Iran Air.
A indústria aérea no Irã esteve sujeita a um embargo dos Estados Unidos
desde 1995, que impedia os fabricantes ocidentais de vender equipamentos
e peças de reposição para empresas iranianas, acabando com parte de sua
frota.
A frota iraniana tem atualmente 140 aeronaves em operação, cuja idade média é de cerca de 20 anos.
O chefe da aviação civil iraniana havia indicado em meados de abril que o Irã precisaria de 400 a 500 aviões na próxima década.
Da Exame
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