Embraer apresentou no domingo, 18, à imprensa internacional em Le
Bourget, na França, seu cargueiro KC-390, que passa por fase de
certificação e deve chegar ao mercado em 2018. A apresentação aconteceu
às margens do Salão Aeronáutico de Le Bourget, um dos maiores do mundo.
Com
o objetivo de diversificar seu portfólio de produtos, a companhia
brasileira espera confirmar nos próximos meses a venda de cinco
unidades, com opção de um sexto, ao governo de Portugal.A apresentação
foi realizada no final da manhã de domingo com a presença no voo de
Paulo Cesar de Souza e Silva, diretor-presidente da Embraer, e de
Jackson Schneider, diretor-presidente da Embraer Defesa e Segurança,
subsidiária para produtos militares.
O KC-390 é uma das atrações
da companhia no salão aeronáutico e tenta conquistar uma parte do
mercado hoje cativo do Hercules C-130, produzido pela americana Lockheed
Martin. Os dois aviões em fase de testes já contam mais de mil horas de
voo e ainda terão pela frente outras mil horas até que a certificação
seja garantida, etapa essencial para a venda.
Venda da primeira unidade
O
diretor-presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, espera
sacramentar a primeira venda do cargueiro KC-390 nos próximos três
meses. "A sinalização de Portugal é muito positiva. Na quinta-feira da
semana passada, o Conselho de Ministros de Portugal aprovou a operação
de compra e o primeiro-ministro de Portugal esteve no Brasil no domingo
passado. Agora temos 90 dias para negociar o contrato", afirmou o
executivo ao jornal O Estado de S. Paulo.
O valor do contrato ainda dependerá das configurações e equipamentos das aeronaves, mas a despeito das questões em aberto a Embraer pode obter acesso privilegiado de seu novo produto à maior aliança militar do mundo, a Otan. "Isso é muito importante porque a entrada na Europa é muito importante. É uma vitrine para o mundo", diz Souza e Silva. Se confirmada a venda a Portugal, ela se somará à encomenda já feita pela Força Aérea Brasileira (FAB), que vai adquirir 28 unidades da aeronave - a primeira delas com previsão de entrega em meados de 2018.
A produção do KC-390 marca o retorno dos altos investimentos da Embraer no mercado militar. Nesse mercado, a empresa tem um best seller mundial, o avião de treinamento EMB 314 Super Tucano. Fabricante da série de aviões comerciais regionais com capacidades entre 70 e 130 assentos, que lhe garantem posição de liderança no mercado e o posto de terceira maior construtora do mundo, atrás de Boeing e Airbus, a companhia brasileira busca agora tomar uma posição no setor de aviação militar de transporte de carga e pessoal, reabastecimento, missões humanitárias e de buscas.
O valor do contrato ainda dependerá das configurações e equipamentos das aeronaves, mas a despeito das questões em aberto a Embraer pode obter acesso privilegiado de seu novo produto à maior aliança militar do mundo, a Otan. "Isso é muito importante porque a entrada na Europa é muito importante. É uma vitrine para o mundo", diz Souza e Silva. Se confirmada a venda a Portugal, ela se somará à encomenda já feita pela Força Aérea Brasileira (FAB), que vai adquirir 28 unidades da aeronave - a primeira delas com previsão de entrega em meados de 2018.
A produção do KC-390 marca o retorno dos altos investimentos da Embraer no mercado militar. Nesse mercado, a empresa tem um best seller mundial, o avião de treinamento EMB 314 Super Tucano. Fabricante da série de aviões comerciais regionais com capacidades entre 70 e 130 assentos, que lhe garantem posição de liderança no mercado e o posto de terceira maior construtora do mundo, atrás de Boeing e Airbus, a companhia brasileira busca agora tomar uma posição no setor de aviação militar de transporte de carga e pessoal, reabastecimento, missões humanitárias e de buscas.
Esse mercado,
hoje dominado pelo Hercules, é estimado pela Embraer em US$ 50 bilhões
por ano, enquanto a demanda projetada para o KC-390 seria de US$ 1,5
bilhão.
De Epoca
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