Tempos atrás enquanto voltava pra casa tive uma experiência extracorpórea, estava no carro, dirigindo, mas não estava lá.
Quero dizer, eu podia ver me corpo ligado a máquina, mas eu era mais máquina do que o próprio carro. Eu pensava no trabalho, pensava se minha filha estava segura no banco no banco de trás, pois hoje em especial estava sem a cadeirinha, pensava em minha esposa, onde será que ela estava?
Mas não pensava em dirigir o carro. O carro praticamente se dirigia sozinho, os freios e aceleradores que eu pisava não eram ligados fisicamente as rodas, todos os meus movimentos eram lidos por um processador e então direcionados para o carro de verdade. Eram estes processadores que mediam a quantidade de combustível a ser colocada no motor, a quantidade de oxigênio, a rotação adequada para ter a aceleração ideal. Meu celular, ligado a milhares de satélites pensava o melhor caminho, quando eu iria chegar e se estava a cima da velocidade ou não. Percebi que eu era a máquina não pensante, estava longe, meu corpo regido por uma força maior somente apertava alguns botões e girava alavancas como era me ordenado fazer pois era ele meu mestre e eu o seu robô.
Quis começar o artigo com esta história um tanto quanto dramática para fazer o link com a visão do roboticista Rodney Brooks em seu discurso no TED - "Por que dependeremos dos robôs”.
Vamos neste momento separar 2 tipos de robôs o primeiro seria o robô com corpo, e o segundo o robô com mente. Durante a sua fala Brooks foca bastante sobre o robô com forma física com corpo, não necessariamente androide, mas em um tipo de robô que de alguma maneira poderia auxiliar em pequenas unidades fabris ou em trabalhos domésticos corriqueiros, ele comenta como a população está ficando cada vez mais velha, demograficamente falando em relação a faixa etária. E como, através de robôs, poderíamos sermos pessoas idosas mais independentes com uma vida mais digna.
Embora no começo do seu discurso ele comente sobre robôs com mentes, que auxiliam pessoas a fazerem cálculos, ou buscas em uma biblioteca, o foco do seu discurso é em Baxter um robô industrial criado por Tehink Robotics sua startup em 2012. Este robô é um robô com corpo, gentil que possui braços e até mesmo olhos simpáticos.
Algumas pessoas ainda pensam em robôs como seres mecânicos andróides que vieram do futuro para destruir a raça humana, algo como no filme “O Exterminador do Futuro”. Mas não é parte física, programável e corpórea da robótica que me encanta, mas sim a parte da mente, da inteligência ou até da alma.
O neurocientista e filósofo Sam Harris no TED Talks - "Can we build AI without losing control over it?” diz que a inteligência é uma questão de processamento de informação. Como não há nenhuma previsão de que o poder de processamento de informação dos computadores começarão a diminuir é fato que um dia a inteligência dos computadores superem a inteligência humana. E o ponto mais importante é que não fazemos idéia quanto tempo iremos demorar para criar as condições ideais para fazer isto com segurança.
Harris faz uma comparação muito simples entre humanos e formigas, colocando os humanos no lugar da formiga e os robôs no lugar dos humanos. A questão é que não queremos fazer mal para as formigas, até desviamos o caminho se não houver nenhum problema, mas se existe uma colônia de formigas em um lugar onde você gostaria de construir um prédio, você nem mesmo pensa sobre as formigas, você simplesmente constrói o prédio.
Ray Kurzweil no TED - "Get ready for hybrid thinking", mostra como nós poderíamos evoluir para um pensamento híbrido através de nano tecnologia que nos permitiria acessar um sistema paralelo que aumentaria o processamento do nosso neocortex, parte do cérebro responsável pela mudança de nossos comportamentos. Junte esta linha de pensamento com a do Harris onde os seres humanos se tornaria um sistema límbico para as máquinas e temos o apocalipse através da AI, ou algo bem próximo a Matrix do filme “The Matrix”.
Quero dizer, eu podia ver me corpo ligado a máquina, mas eu era mais máquina do que o próprio carro. Eu pensava no trabalho, pensava se minha filha estava segura no banco no banco de trás, pois hoje em especial estava sem a cadeirinha, pensava em minha esposa, onde será que ela estava?
Mas não pensava em dirigir o carro. O carro praticamente se dirigia sozinho, os freios e aceleradores que eu pisava não eram ligados fisicamente as rodas, todos os meus movimentos eram lidos por um processador e então direcionados para o carro de verdade. Eram estes processadores que mediam a quantidade de combustível a ser colocada no motor, a quantidade de oxigênio, a rotação adequada para ter a aceleração ideal. Meu celular, ligado a milhares de satélites pensava o melhor caminho, quando eu iria chegar e se estava a cima da velocidade ou não. Percebi que eu era a máquina não pensante, estava longe, meu corpo regido por uma força maior somente apertava alguns botões e girava alavancas como era me ordenado fazer pois era ele meu mestre e eu o seu robô.
Quis começar o artigo com esta história um tanto quanto dramática para fazer o link com a visão do roboticista Rodney Brooks em seu discurso no TED - "Por que dependeremos dos robôs”.
Vamos neste momento separar 2 tipos de robôs o primeiro seria o robô com corpo, e o segundo o robô com mente. Durante a sua fala Brooks foca bastante sobre o robô com forma física com corpo, não necessariamente androide, mas em um tipo de robô que de alguma maneira poderia auxiliar em pequenas unidades fabris ou em trabalhos domésticos corriqueiros, ele comenta como a população está ficando cada vez mais velha, demograficamente falando em relação a faixa etária. E como, através de robôs, poderíamos sermos pessoas idosas mais independentes com uma vida mais digna.
Embora no começo do seu discurso ele comente sobre robôs com mentes, que auxiliam pessoas a fazerem cálculos, ou buscas em uma biblioteca, o foco do seu discurso é em Baxter um robô industrial criado por Tehink Robotics sua startup em 2012. Este robô é um robô com corpo, gentil que possui braços e até mesmo olhos simpáticos.
Algumas pessoas ainda pensam em robôs como seres mecânicos andróides que vieram do futuro para destruir a raça humana, algo como no filme “O Exterminador do Futuro”. Mas não é parte física, programável e corpórea da robótica que me encanta, mas sim a parte da mente, da inteligência ou até da alma.
O neurocientista e filósofo Sam Harris no TED Talks - "Can we build AI without losing control over it?” diz que a inteligência é uma questão de processamento de informação. Como não há nenhuma previsão de que o poder de processamento de informação dos computadores começarão a diminuir é fato que um dia a inteligência dos computadores superem a inteligência humana. E o ponto mais importante é que não fazemos idéia quanto tempo iremos demorar para criar as condições ideais para fazer isto com segurança.
Harris faz uma comparação muito simples entre humanos e formigas, colocando os humanos no lugar da formiga e os robôs no lugar dos humanos. A questão é que não queremos fazer mal para as formigas, até desviamos o caminho se não houver nenhum problema, mas se existe uma colônia de formigas em um lugar onde você gostaria de construir um prédio, você nem mesmo pensa sobre as formigas, você simplesmente constrói o prédio.
Ray Kurzweil no TED - "Get ready for hybrid thinking", mostra como nós poderíamos evoluir para um pensamento híbrido através de nano tecnologia que nos permitiria acessar um sistema paralelo que aumentaria o processamento do nosso neocortex, parte do cérebro responsável pela mudança de nossos comportamentos. Junte esta linha de pensamento com a do Harris onde os seres humanos se tornaria um sistema límbico para as máquinas e temos o apocalipse através da AI, ou algo bem próximo a Matrix do filme “The Matrix”.
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