A Argentina lançou a "missão final" para encontrar o submarino ARA San
Juan, que desapareceu no dia 15 de novembro com 44 pessoas a bordo.
Um mini submarino norte-americano, que consegue submergir a até 600
metros de profundidade, deve chegar na área de buscas, reduzida a apenas
74 quilômetros quadrados, nesta segunda-feira (27), informou o jornal
argentino "El Clarín".
A cápsula pode resgatar 16 pessoas simultaneamente e leva 44 coletes
salva-vidas enviados pela Marinha da Argentina. Apesar das chances
remotas de encontrar alguém com vida no submarino, os oficiais
argentinos fizeram questão de enviar um colete para cada tripulante que
estava na embarcação.
Na área de buscas, que foram reduzidas após a confirmação da detecção
de uma "explosão" na região onde o ARA San Juan desapareceu, há 14
navios e três aeronaves trabalhando para tentar localizar o equipamento.
Além do minissubmarino norte-americano, a Rússia e o Brasil também
disponibilizaram submarinos para ajudar nas buscas.
Ontem (26), o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, informou que não há
prazo para essa missão terminar. "O presidente, o ministro da Defesa e o
chefe da Armada ordenaram que sigamos focados na busca, e não se fala
de nenhum tempo definido, já que ainda não encontramos o submarino",
destacou.
Investigação das causas
Além das investigações internas e de uma ação pública aberta por um
juíza do país, o jornal "La Nación" revelou que a compra de baterias do
submarino foi alvo de uma investigação em 2010.
Suspeita-se que as baterias tenham causado a explosão no submarino.
O jornal acusa que o serviço de manutenção do equipamento tenha sofrido
com "a corrupção" de agentes públicos. De acordo com a publicação, a
"empresa Hawker GMBH" foi contratada para fazer um serviço de reparação
das baterias, em serviço que "custou 5,1 milhões de euros para o Estado
argentino".
Nesta segunda, a mídia argentina também informou que o presidente do
país, Mauricio Macri, vai demitir toda a cúpula das Forças Armadas por
conta das falhas tanto nas operações de resgate como erros em relatórios
internos sobre o desaparecimento do submarino.
Do Terra
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