Uma das principais atrações do Dubai Air Show é o avião de ataque ao
solo e treinador avançado B-250. O modelo foi desenvolvido em parceria
entre a brasileira Novaer e a árabe Calidus, com foco no mercado hoje
dominado pelo também brasileiro, Super Tucano.
O B-250 foi projetado especificamente para realizar missões de
combate de insurgência, suporte aéreo e inteligência, vigilância e
reconhecimento, além de treinamento avançado. Em comparação com o Super
Tucano, da Embraer, que se tornou o mais bem sucedido avião da
categoria, o B-250 apresenta capacidade bélica superior, maior número de
sensores e equipamentos que podem ser instalados, melhor relação nas
acelerações e razões de subida, além de autonomia de até 12 horas.
Um dos diferenciais do B-250 é o uso de carbono permite minimizar o
peso da estrutura e otimizar o processo de fabricação. O processo também
permite a criação de superfícies mais limpas aerodinamicamente, além de
exigir menor manutenção. O conceito tem sido amplamente empregado pelos
principais fabricantes aeronáuticos do mundo, como a Boeing com o 787
Dreamliner e a Airbus no A350 XWB, além de modelos de combate, a exemplo
do F-25 Lightning II.
O uso de materiais compostos ainda permitiu obter o resultado máximo
do mesmo motor utilizado por praticamente todos os aviões da categoria.
O programa do B-250 teve uma duração de pouco mais de dois anos, o
que pode ser considerado recorde no setor. “Concebemos, projetamos e
fabricamos uma aeronave complexa e sofisticada, totalmente em fibra de
carbono, e voamos o primeiro protótipo apenas 25 meses após o início dos
trabalhos”, afirma Graciliano Campos, Diretor Presidente da Novaer.
A empresa apresentou também no Dubai Air Show a aeronave T-Xc Sovi, na versão de treinamento militar primário/básico.
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