Após mais de uma década, a Organização Mundial do Comércio (OMC) determinou nesta terça-feira (15) que a União Europeia deve corrigir prejuízos causados por ter concedido US$ 22 bilhões em subsídios ilegais para a Airbus na produção do superjumbo A380 e do jato A350.

O parecer abre caminho para que o Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, sigla em inglês) busque soluções sobre o formato de tarifas contra as importações europeias para o País. A decisão é considerada uma retaliação histórica, pois na prática, os Estados Unidos conquistaram a possibilidade de impor tarifas punitivas à União Europeia.

Por meio de nota, a Boeing comemorou a determinação do órgão internacional. “A decisão final de hoje transmite uma mensagem clara: o desrespeito às regras e os subsídios ilegais não são tolerados. O sucesso comercial de produtos e serviços deve ser resultado de méritos e não de ações que distorcem o mercado", disse o presidente e CEO da Boeing, Dennis Muilenburg.

O comunicado diz, ainda, que o governo dos Estados Unidos com apoio da empresa, cumpriu as decisões da OMC decorrentes de dois casos que a União Europeia moveu contra o País. A Boeing diz também que ainda há uma ação tramitando na OMC e que, apesar do primeiro parecer contrário aos Estados Unidos, a “Boeing acredita que a decisão será revertida, mas caso não seja, a companhia compromete-se a fazer o que for necessário para entrar em total conformidade com as regras do mercado, que são essenciais para garantir igual competitividade e prosperidade futura da indústria aeroespacial global.”