Depois de meses de negociações, a brasileira Embraer
e a americana Boeing estariam em fase avançada para o fechamento de um
acordo de união de seus negócios, conforme informou a Embraer à AFP.
Embora a companhia brasileira tenha se negado a dar detalhes, informou
que as discussões para um acordo estão em “negociações avançadas”.
O interesse principal da Boeing na Embraer reside nos aviões de
médio porte para voos regionais. As concorrentes Airbus (franco-alemã) e
Bombardier (canadense) já firmaram um acordo para juntar forças neste
setor. No entanto, o acordo envolve o governo federal, tanto pela
“golden share” (tipo de ação que garante veto a acordos deste tipo)
tanto pela importância da Embraer na área de defesa, considerado
estratégico para o País.
Nesta segunda-feira, 02, o jornal Valor Econômico informou que
as empresas já “preparam os memorandos de entendimento a serem
apresentados ao governo”.
A empresa brasileira é a terceira maior construtora mundial de
aeronaves, atrás justamente de Boeing e Airbus, com um volume de
negócios de cerca de US$ 6 bilhões (aproximadamente R$ 23 bilhões) por
ano. A companhia tem atualmente 16 mil empregados. Uma das joias
industriais do Brasil, a Embraer foi fundada há 49 anos, como uma
estatal. Sua privatização ocorreu em 1994.
A Boeing é uma gigante aeroespacial que teve lucro de US$ 2,5
bilhões no primeiro trimestre de 2018, alta de 57% sobre o mesmo período
de 2017. Suas receitas subiram 6,5%, no mesmo período, atingindo US$
23,4 bilhões.
Do Estadão
0 Comentários