A agência Associated Press revelou, esta quarta-feira, que Donald
Trump questionou os seus conselheiros sobre uma invasão militar à
Venezuela para meter um ponto final na instabilidade política que se
vivia. Esta questão terá surgido em agosto de 2017 e depois de uma
reunião na Sala Oval, gabinete presidencial na Casa Branca.
Na reunião discutiam-se assuntos relacionados com a liderança de
Nicolás Maduro, nomeadamente sobre a crise econômica, social e
humanitária. No final da reunião, Trump terá perguntado: "com a rápida
degradação da Venezuela a ameaçar a segurança regional, porque é que os
EUA não podem invadir simplesmente este país conturbado?"
Vários responsáveis presentes explicaram ao presidente
norte-americano as consequências de uma intervenção dos Estados Unidos
na Venezuela e de como esta poderia afetar a relação entre os governos
latino-americanos.
Trump acabou por aceitar a resposta dos conselheiros, mas a ideia
ainda está em cima da mesa: "Não vou descartar uma opção militar. "É um
país vizinho. Temos tropas em todo o mundo em locais muito, muito longe.
A Venezuela não é distante, as pessoas estão a sofrer e estão a
morrer", terá dito Trump acrescentando que os EUA têm “muitas
possibilidades para a Venezuela, incluindo a de uma opção militar se
necessário”.
Um mês depois disto, Trump terá voltado a discutir o assunto, desta
vez com representantes de estado num jantar durante a Assembleia-Geral
da ONU. O presidente norte-americano ignorou os vários avisos dos seus
assessores de que deveria evitar abordar este tópico. Os líderes com
quem Trump terá falado não se mostraram interessados e não quiseram
optar uma solução militar.
Do IOnline
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