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Aparelho pode ser empregado na luta contra o tráfico de drogas.
'Carcará' pesa dois quilos e tem menos de um metro e meio de envergadura.
Do G1, com informações do Fantástico

Ele parece um pássaro, talvez um urubu. Mas pode ser uma arma em defesa da segurança pública. Contra o tráfico de drogas, por exemplo.

Câmeras de vigilância estão em todas as partes. Agora, elas também voam. De longe, a câmera de vídeo de uma pequena aeronave é parecida com um pássaro, e por isto ganhou o apelido de 'Carcará'.


Com dois quilos de peso e menos de um metro e meio de envergadura, o 'Carcará' foi criado por dois jovens empreendedores brasileiros.

O aparelho segue os princípios dos aviões de brinquedo controlados por rádio, mas é muito mais sofisticado. Ele captura imagens, que são mostradas em tempo real por um programa de computador.

O avião até fala. Em inglês, ele diz “perigo: baixa altitude”. A Marinha brasileira já está usando o Carcará para operações táticas.

Sem arriscar vidas

Esta tecnologia, que vem sendo utilizada na ocupação do Iraque, permite vigiar e filmar quaisquer objetivos sem pôr vidas em risco, já que o avião não tem tripulação.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro assistiu a demonstrações no exterior e agora vai conhecer o Carcará, em apresentação marcada para esta semana.

“Você pode usar um aparelho desse para acompanhar o tráfico de drogas. Por exemplo, para acompanhar a entrada e saída dos locais em que se acredita que haja concentração de drogas. Se eu acredito que existe um cativeiro em alguma região, eu posso usar um aparelho desse para cobrir uma grande área. Com isso, você consegue melhorar a sua capacidade de vigilância reduzindo seu custo. E isso é uma tendência”, explica Hélio Moura, professor de Gestão de Segurança.

Autonomia
Um dos modelos pode voar durante uma hora e meia, num raio de oito quilômetros. Chega a 3.000 metros de altura, e tem velocidade máxima de 75 quilômetros por hora.

Ele funciona assim: satélites enviam sinais a uma das três antenas que o aparelho carrega. O avião sabe então em que lugar está. A segunda antena se comunica com o programa de controle que, em terra, transmite ao avião a direção desejada.

Uma vez no ar, a aeronave segue as ordens pelo programa. E a terceira antena cuida do envio das imagens capturadas pela câmera. “Esse avião tem uma câmera que gira 360 graus, ela é retrátil. E com essa câmera você consegue clicar num alvo, e ele segue automaticamente esse alvo”, esclarece o empresário Gabriel Klabin.

O uso desta tecnologia não se limita à segurança pública e à defesa. Ela serve também para planejamento de trânsito, monitoramento ambiental e pesquisas agrícolas.

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Foto: TV Globo

TV Globo
Repórteres do Globo Universidade falarão sobre as novidades produzidas no ITA. (Foto: TV Globo)

Robôs usados em resgates e aeronaves autônomas são destaques do ITA

Globo Universidade deste sábado (12) mostra as novidades produzidas no ITA.
Programa vai ao ar às 7h15, logo após o Globo Ecologia.

Pela primeira vez, o Globo Universidade é ancorado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo. No programa desta semana, os apresentadores Bianca Rothier e André Curvello visitam ITA e, de lá, mostram as novidades estudadas pelos cursos de aeronáutica, eletrônica e computação. O programa vai ao ar neste sábado (12) às 7h15, após o Globo Ecologia.

Um dos destaques do programa é o robô criado por uma equipe de pesquisadores, coordenada pelo professor de engenharia eletrônica Jackson Matsuura. Ele conta como conseguiram desenvolver, a partir de um projeto de robô que jogava futebol, uma outra máquina, capaz de fazer a procura por vítimas em desastres por meio de sensores e, assim, ajudar grupos de resgate.

Já o professor Carlos Henrique, de engenharia da computação, volta seus estudos para redes sociais, como o Orkut. Ele explica os aspectos positivos e negativos deste tipo de conexão. Ainda nesta área do conhecimento, os alunos Rafael Hirama, Felipe de Souza e Anderson Aiziro, e o professor Armando Gouveia falam sobre sua experiência na Maratona Brasileira de Computação. Eles venceram a competição e ganharam uma vaga na International Collegiate Programming Contest, no Canadá.

No curso de aeronáutica, o professor André Cavalieri mostra aviões desenvolvidos pelos estudantes e como são feitos testes de aerodinâmica. O professor de engenharia mecânica Sérgio Frascino explica como são escolhidos os materiais usados em estruturas aeronáuticas.

E Luiz Góes, coordenador da pós-graduação em engenharia aeronáutica e mecânica, dedica-se a construir pequenas aeronaves não tripuladas e autônomas. Segundo o professor, estas máquinas são importantes porque podem patrulhar uma determinada área com menos gasto de combustível e um acidente não comprometeria a vida de ninguém.

No quadro Toque de Mestre, o professor Luiz Gonzaga Trabasso dá dicas sobre o campo de engenharia mecânica. O Fora de Série apresenta o trabalho de doutorado de Juliana Meirelles, aluna da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que pesquisou a imprensa brasileira do período entre 1808 a 1821.

O professor de Biologia Marcio Alves Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é o destaque de Mérito Acadêmico. Ele explica como é possível saber se a fertilização das plantas foi perfeita e, com isso, ter uma produção mais qualificada e maior. E o engenheiro metalúrgico Thiago Rangel fala sobre como é a rotina de um profissional de sua área.