Chavez convida russos a instalar bases militares
Presidente venezuelano oferece bases militares à Rússia e compra mais armas

Fonte: Área Militar

Se um dia a frota russa chegar ao Caribe, içaremos bandeiras e tocaremos musica para festejar a sua chegada.

Com estas palavras, o presidente da Venezuela abriu as portas à possibilidade de instalação de bases militares russas na América do Sul.

Segundo Hugo Chavez, a Rússia é um país amigo e um aliado da Venezuela e tem suficiente capacidade militar para enviar navios de guerra ou aeronaves para qualquer ponto do mundo, pelo que a possibilidade de utilizar o seu país como base não aparece como absurda.

O oferecimento de Chavez, vem no seguimento de criticas efectuadas por vários dirigentes sul americanos ao reactivamento da 4ª esquadra da marinha dos Estados Unidos, baseada em Jacksonville no estado da Florida, e cuja área de operação será o Atlântico Sul e o Caribe.

Chavez, vê a reactivação daquela estrutura militar norte-americana como uma ameaça ao seu governo e ao seu país. Outros países da América do Sul como a Argentina e o Brasil também se mostraram incomodados com a decisão de reactivar uma força que terá como função intervir no Caribe e no Atlântico Sul, embora aparentemente o objectivo principal da reactivação da 4ª esquadra tenha a ver com o continente africano e não com o continente sul americano.

A Rússia tem demonstrado a sua irritação com a instalação de sistemas de intercepção de mísseis balísticos, colocados nas proximidades da Rússia, que embora sejam destinados – segundo Washington – a deter ameaças de países como a Coreia do Norte ou o Irão, não deixam de poder ser utilizados contra mísseis russos.

Vários analistas internacionais e russos, afirmam entretanto que a possibilidade de a Rússia vir de facto a instalar bases na Venezuela é remota, pois o país, ainda que nadando em dinheiro do petróleo, não é mais a Super-potência que foi nos anos 60 e 70.

Programa de armamento a todo o gás
Entretanto diversas fontes desde a Rússia até à própria Venezuela apontam a verba de 30.000 milhões dolares como o valor a dispender pela Venezuela para reequipar as suas forças armadas.

A força aérea da Venezuela continua a receber as aeronaves do tipo Su-27 para equipar a sua principal unidade de defesa aérea, embora esteja a ser analisada a possibilidade de mais aquisições.

A defesa anti aérea também foi objecto de compras, com a negociação dew sistemas de defesa de curto, médio e aparentemente também de longo alcance.

A marinha da Venezuela negociou já a aquisição de submarinos do tipo Kilo (modernizados) mas continua em estudo a aquisição de submarinos mais modernos, do tipo Lada, equipados com sistemas de propulsão independente do ar.

Relativamente ao exército existem informações contraditórias. Aparentemente terá sido negociada ou está presentemente em negociação a aquisição de veículos blindados sobre rodas do tipo BTR-90. Este tipo de veículo é adequado para operações na Amazónia. Embora não seja especialmente blindado, a sua capacidade anfíbia permite-lhe atravessar os inúmeros cursos de água do sul da Venezuela.

Mas mais recentemente, rumores não confirmados e comentários sobre possibilidades de desenvolvimento futuro do exército venezuelano, apontam para a possibilidade de a Venezuela a considerar uma modificação na sua estrutura de defesa, que implicaria a saída de serviço dos tanques leves AMX-13 e Scorpion que seriam substituídos pelos tanques médios AMX presentemente ao serviço.

Já as unidades onde os AMX estão ao serviço poderiam neste caso receber carros de combate russos. No caso de esta opção se vir a concretizar, existem duas possibilidades. A primeira consiste na aquisição de carros de combate novos do tipo T-90S, idênticos aos utilizados por algumas unidades russas e que também foi adquirido pela Índia. A segunda opção passa pela modernização de carros de combate da família T-80. Trata-se de veículos mais antigos, mas que podem ser submetidos a um processo de rejuvenescimento. Neste caso, o país envolvido no negócio poderia ser a Bielorússia, que tem industrias à altura de efectuar a operação.
Os veículos do tipo T-80 recondicionados, são mais baratos, mas têm um custo operacional mais elevado.

Após visitar a Rússia Chavez visitou a capital bielorussa, Minsk.
O regime policial de Alexander Lukashenko, completamente controlado pela Máfia russa e que é visto como a última verdadeira ditadura europeia, mostrou-se aberto a todo o tipo de cooperação com a Venezuela.

A aquisição pela Venezuela de equipamento militar pesado, levanta problemas noutros países, nomeadamente junto dos seus vizinhos, que se sentem pouco à vontade com o aumento dos gastos militares do país de Chavez e com a ostensiva demonstração desses meios militares em paradas e visitas organizadas.


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Chávez chega a Belarus para discutir acordos de cooperação militar e energética
Da France Presse Via G1

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, chegou nesta quarta-feira à ex-república soviética de Belarus para falar com o presidente Alexander Lukashenko sobre a cooperação nos âmbitos militar e energético. "Com nosso amigo o presidente Lukashenko assistimos ao desenvolvimento da cooperação entre Belarus e a Venezuela," disse Chávez ao chegar ao aeroporto de Minsk, acrescentando que espera promover durante esta viagem o comércio bilateral.

Os dois países já têm assinados vários convênios nos setores de energia, minas, tecnologia, agroindústria, petroquímica e gás.
Entre estes acordos destaca-se a criação de uma empresa mista para a certificação e posterior exploração de reservas de petróleo na faixa petrolífera do Orinoco, uma região de 55.000 km no sul do país, que seria a mais rica em petróleo extrapesado do mundo.

Chávez chegou a Minsk após uma breve visita de um dia a Moscou, onde tentou estreitar os laços com o governo local. Depois, passará por Portugal e Espanha.

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Chávez cede três novas reservas de petróleo a Belarus (Bielo Russia)
Da EFE Via G1

Ignacio Ortega

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, estendeu hoje a mão ao seu colega bielo-russo Aleksandr Lukashenko, pressionado pelo isolamento político e o aumento de preços dos hidrocarbonetos russos, ao lhe ceder a exploração de novas jazidas de petróleo.
A empresa mista "Petrolera BeloVenezolana" (PBV) poderá extrair petróleo cru de outras três jazidas na Faixa do Orinoco, a maior reserva do mundo, segundo informou a agência oficial "Belta".

O comunicado assinado pela companhia Petróleos de Venezuela (PDVSA) e pela Belorusneft explicou que Belarus poderá "duplicar sua capacidade de extração"

"Temos potencial para extrair dois milhões de toneladas. Este ano planejamos produzir 640 mil toneladas na Venezuela", o vice-primeiro-ministro bielo-russo, Vladimir Semashko. A PBV já recebeu em dezembro passado, durante a visita de Lukashenko a Caracas, o direito de explorar durante 25 anos o campo petrolífero "Guara Este", uma área da faixa do Orinoco com um potencial de extração de 5 bilhões de barris.

Assim como no caso de outros países parceiros, Chávez fez um acordo de graça a Lukashenko, seu principal aliado neste continente e considerado pelos Estados Unidos o "último ditador da Europa". O país vê na Venezuela a alternativa energética ideal à Rússia, cuja decisão de deixar de subsidiar a economia bielo-russa com hidrocarbonetos a preços preferenciais ameaça a estabilidade da última economia planificada do continente.

No fim do encontro, os presidentes emitiram um comunicado conjunto no qual defendiam um mundo "multipolar" baseado nos princípios de cooperação, solidariedade e respeito mútuo, e na "defesa da soberania" e na "justiça social".

Ambos destacaram a necessidade de se "respeitar a soberania e integridade territorial dos Estados" e "proibir o uso da força". O líder bielo-russo, no poder desde 1994, afirmou que o desenvolvimento de múltiplas relações com Caracas é uma das "prioridades" de sua política externa.

No plano militar, o Parlamento de Belarus ratificou recentemente o acordo para a criação de um sistema antiaéreo na Venezuela selado por ambos os presidentes há 6 seis meses em Caracas.
Segundo a imprensa, especialistas bielo-russos se encarregariam de criar um sistema de comando automático para os sistemas de defesa antiaérea S-300 PMU-2 e Tor M-1 que Caracas se propõe adquirir na Rússia. EFE