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Hugo Chávez adia visita a Moscou para terça-feira

Agenda de trabalho está centrada na cooperação militar e no interesse de Caracas adquirir armamento russo

Efe Via Estadão

MOSCOU - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que tinha chegada em Moscou prevista para esta segunda-feira, pousará em solo russo somente na terça-feira, 22, informaram fonte diplomáticas russas. A Rússia é a primeira escala de uma viagem européia que lhe levará também a Belarus, Espanha e Portugal.

"Espera-se que o avião do presidente venezuelano chegue a Moscou às 6h30 (23h30 de Brasília) de terça-feira", disse à agência Efe um funcionário da Chancelaria russa, que não comentou os motivos do atraso.

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Chávez viaja à Rússia para comprar equipamentos militares


Fonte: UOL - (Por Guy Faulconbridge) REUTERS FE

MOSCOU (Reuters) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viajará esta semana à Rússia em meio a esforços para intensificar o comércio bilateral e tentará comprar submarinos a diesel, sistemas móveis de míssil e tanques dos russos, afirmaram na segunda-feira meios de comunicação.

Chávez realizou diversas viagens à Rússia, o segundo maior exportador de petróleo do mundo, e elogiou o governo russo por resistir a algumas das políticas norte-americanas.

O presidente da Venezuela, que usa o faturamento obtido por seu país com a venda de petróleo para, entre outras coisas, adquirir equipamentos militares dos russos e chineses, desembarcará em Moscou na terça-feira e deve reunir-se com o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, e com o primeiro-ministro do país, Vladimir Putin.

A princípio, Chávez chegaria a Moscou na segunda-feira à noite, mas adiou seu desembarque para terça-feira de manhã, afirmou um membro dos serviços diplomáticos da Venezuela. Não houve nenhuma justificativa para a mudança de planos.

A embaixada venezuelana na capital da Rússia recusou-se a responder aos pedidos de informação sobre a visita, mas meios de comunicação russos disseram que Chávez tentaria comprar 20 sistemas de defesa antiaérea TOR-M1 e vários submarinos movidos a diesel, em negócio que totalizaria mais de 1 bilhão de dólares.

A Venezuela tenta obter financiamento junto a bancos russos, em parte para custear a aquisição de armas, ao passo que algumas das maiores empresas da Rússia -- entre as quais a Gazprom, a Lukoil, a TNK-BP e a Ferrovias Russas -- desejam intensificar as trocas comerciais com o país latino-americano, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Chávez disse à agência russa de notícias Itar-Tass que desejava comprar tanques russos durante sua visita: "Esses são tanques muito modernos, muito rápidos". O presidente venezuelano também afirmou à agência que queria discutir a criação de um fundo mútuo de investimento.

"Durante a visita do presidente venezuelano, H. Chávez, à Rússia, podem ser assinados novos contratos para a entrega de armas e equipamentos militares russos", afirmou um membro do setor de defesa da Rússia, segundo a Itar-Tass.

A estatal exportadora de armas do país, Rosoboronexport, não quis manifestar-se sobre o assunto.

Inicialmente, estava previsto que o avião de Chávez chegasse às 16h50 (9h50 de Brasília) desta segunda-feira ao aeroporto de Vnúkovo-2, em Moscou.

A agenda da visita de trabalho do presidente venezuelano à Rússia, cortada agora em quase 15 horas, está centrada na cooperação militar e, em particular, no interesse de Caracas em adquirir armamento russo.

No entanto, Rússia e Venezuela manifestaram seu interesse em diversificar os intercâmbios comerciais.

"É uma viagem muito importante, estratégica, geopolítica diria eu (...), com o objetivo de continuar potencializando a Venezuela", disse Chávez na véspera.

O líder venezuelano se reunirá pela primeira vez com o novo presidente russo, Dmitri Medvedev, com o qual deseja forjar uma "relação de amizade e de confiança política".