In this photo released by Andina Agency, soldiers wait on their tanks before a military parade in Lima, Tuesday, Dec. 8, 2009. Peru's Defense Minister Rafael Rey said Peru's military is close to a deal to buy tanks from China. (AP Photo/Piero Vargas, Andina Agency)
Peru fecha 2009 adquirindo mais de US$ 34 milhões em equipamentos militares da China
Fonte: Tecnologia & Defesa
Fonte: Tecnologia & Defesa
A República Popular da China faturou no ano passado US$ 34,7 milhões com a venda de equipamentos militares ao Peru, sendo que quase a totalidade desse valor correspondeu a compras feitas da estatal Norinco.
A Norinco (China North Industries Corporation) encabeça as empresas estatais chinesas que mais têm fornecido equipamentos militares aos peruanos, seguinda da China Precision Machinery Import-Export Corporation (CPMIEC) e da Poly Technologies.
Oficialmente, o ministro da Defesa do Peru, Rafael Rey, anunciou que outras compras militares da China poderão ocorrer na medida que os equipamentos respondam tecnicamente às necessidades do país.
Mais de 90% das aquisições são destinadas ao Exército, havendo neste momento, por exemplo, negociações para a compra de um lote inicial de carros de combate MBT 2000 para modernizar as unidades de combate mecanizadas. O objetivo é substituir os cerca de 280 aparelhos de fabricação soviética T-55 pelos veículos asiáticos, cujo custo alcançaria em torno de U$ 1,4 bilhão.
Segundo a imprensa local, os acordos de fornecimento de armas pela China ao Peru têm sido fechados sob sigilo e os contratos não seguem a usual fórmula de licitação.
Entre as aquisições feitas no ano passado, destacam-se os foguetes terra-terra de 122 mm para lançadores BM-21 de desenho russo. Comenta-se que foram comprados 3 mil unidades. O BM-21, também conhecido como “Grad”, é uma plataforma lançadora montada em um veículo sobre rodas e tem capacidade para 40 foguetes portadores de alto-explosivo. Muitos desses veículos foram adquiridos durante o regime militar do general Juan Velasco Alvarado, que governou o país andino entre 1968 e 1975.
A empresa CPMIEC vendeu ao Peru, no ano passado, um lote inicial de 15 sistemas de defesa anti-aérea portáteis GW-18 com capacidade de alcançar alvos a 6,5 km de distância. Sua utilidade será a defesa de pontos militares vitais como postos de comando, pistas de aeródromos e posições de artilharia.
O Exército Peruano está recebendo, também da China, caminhões para transporte de pessoal e sistemas de visualização diurna e noturna para lança-foguetes portáteis RPG-7V.
A imprensa peruana revelou ainda que a Marinha do Peru receberá da Poly Technologies um lote de lançadores portáteis de mísseis anti-aéreos Hongying FN-6A com capacidade de alcance de 6 km. Esta é a primeira vez que a Força estará recebendo armamento de procedência chinesa.
Para este ano que se inicia, a Força Aérea do Peru está propondo a compra de radares chineses de vigilância e de controle do espaço aéreo de longo alcance, bem como de sistemas móveis de defesa aérea e mísseis anti-aéreos para substituição dos SAM Igla 16 e SAM Igla 18, cujas vidas úteis estão próximas de terminar.
Durante o Salão Internacional de Tecnologia para a Defesa (SITDEF), ocorrido no ano passado em Lima, a Norinco, CPMIEC e Ctec International exibiram produtos militares que já seriam parte das próximas aquisições peruanas.
A CPMIEC mostrou os sistemas de defesa anti-aérea móveis Hongqi HK-2, HK-7A e L4-60-N “Falcon”. Foram exibidos, também, mísseis anti-navio C-704, C-802A “Eagle Strike” e C-602, de 38, 180 e 280 km de alcance, respectivamente.
A Norinco levou para a SITDEF o obus autopropulsado de 155 mm TZL-45 e uma cópia do lançador múltiplo de foguetes BM-21 russo, identificado pelos chineses de Tipo 90 de 122 mm, assim como o AR-2 de 300 mm (versão chinesa do “Smerch” russo). Outra oferta da Norinco aos peruanos foram os veículos blindados WMZ-551V.
A Ctec International, esteve propondo na ocasião equipamentos militares de comunicações, radares e sistemas de guerra eletrônica.
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