http://www.comunidadefb.com.br/noticias/wp-content/uploads/2008/06/photo-yves-saint-geours.jpg
Novo embaixador da França assume oficialmente função
Yves St. Geours era presidente do comissariado do Ano da França no Brasil
Dayanne Mikevis, do R7

Pequeno, sorridente e simpático. Ao menos era essa a imagem de Yves St. Geours quando presidente do comissariado francês do Ano da França no Brasil. Hoje, oficialmente, ele confirma outro status diante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao passar pela cerimônia de credenciais como o novo embaixador da França no Brasil.

St. Geours já ocupa o cargo desde novembro, e a poucos dias de assumi-lo já havia confidenciado ao R7 que seu posto no Ano da França foi um “treinamento intensivo”. A cerimônia ocorre um dia antes de seu aniversário, o francês completa 57 anos amanhã.

Em julho, em Paris, St. Geours afirmou que seu português – que nitidamente melhorou desde o primeiro contato com a repórter, em dezembro de 2008 – foi uma consequência do posto cultural que ocupou.

Na reunião, realizada no Grand Palais, instituição cultural que o francês presidia desde 2007, ele confessou que aprendeu a língua devido ao evento. As aulas começaram dois meses antes da reunião de dezembro, que anunciava as comemorações. Antes, ele já falava espanhol, já que se formou em estudos ibéricos e ibero-americanos, além de ter sido diretor do Instituto Francês de Estudos Andinos em Lima, capital do Peru.

No entanto, seu primeiro cargo como embaixador foi longe da América Latina. De 2004 a 2007, St. Geours foi embaixador na capital da Bulgária, Sofia. Pouco antes, em 2003, ele se tornou conselheiro do Ministério das Relações Exteriores.

Um dos grandes trunfos do francês é a rede de contatos que estabeleceu devido à atividade no Ano da França. St. Geours foi quase que literalmente do Oiapoque ao Chuí. Quando conversamos em Paris, por exemplo, ele estava de malas prontas para sair do escritório e embarcar rumo a Belo Horizonte.

Agora resta ver se a “militância cultural” e a simpatia serão suficientes para operações de lobby como a pressão para que o governo se decida pelos caças Rafale, ou mesmo em futuras concorrências, como a da linha de trem em alta velocidade entre São Paulo e Rio. Isso tudo, claro, em um 2010 de eleições no Brasil.