China rejeita pedido norte-coreano por caças, diz jornal
Hu Jintao disse ao líder Kim Jong-il garantiu que o país protegerá a Coreia do Norte em caso de ataqueA China rejeitou um pedido do líder norte-coreano, Kim Jong-il, para que Pequim enviasse ao regime comunista de Pyongyang de forma gratuita vários aviões caça J-10, informou nesta quinta-feira, 17, o jornal sul-coreano Chosun Ilbo.
O jornal, que cita uma importante fonte da Coreia do Norte, assegurou que o dirigente norte-coreano fez o pedido ao presidente da China, Hu Jintao, durante a viagem que realizou à China entre os dias 3 e 7 de maio.
Hu disse a Kim que China protegerá a Coreia do Norte em caso de um ataque, e assegurou que o país não precisa possuir este tipo de armamento, acrescenta o jornal, de linha editorial conservadora e normalmente crítico ao regime de Pyongyang.
Os aviões de combate J-10 pertencem à última geração de caças desenvolvida pela China.
A negativa de Pequim ao pedido pode ter feito com que Kim antecipasse seu retorno a Pyongyang em um dia.
Um refugiado norte-coreano de alta categoria citado pelo jornal indicou que Kim Jong-il poderia estar sentindo a ameaça de um possível ataque militar por parte de Coreia do Sul e Estados Unidos por conta do afundamento em março do navio de guerra sul-coreano Cheonan, após as acusações formais a Pyongyang.
Outro refugiado, ex-membro do Exército norte-coreano, assinalou que as Forças Aéreas do país comunista são muito inferiores às da Coreia do Sul, que possui caças F-15 e F-16.
Kim Jong-il viajou à China em busca de apoio econômico e diplomático do Governo de Pequim, o maior aliado de Pyongyang, em meio à crescente tensão entre as duas Coreias pelo caso do Cheonan.
Uma equipe internacional de investigadores revelou em 20 de maio que o afundamento, que causou a morte de 46 marinheiros sul-coreanos, foi causado por um torpedo norte-coreano, embora a Coreia do Norte negue sua participação no fato.
O Conselho de Segurança da ONU estuda uma resposta internacional contra Pyongyang, que acusa Seul de ter inventado o resultado da investigação internacional e ameaçou realizar ações militares caso as Nações Unidas imponham sanções.
Fonte: Estadão
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