O governo Dilma Rousseff decidiu promover um congelamento de despesas no projeto de Orçamento para 2012, em uma orientação reforçada pelo temor dos efeitos da crise econômica internacional, informa reportagem de Ana Flor e Gustavo Patu, publicada na Folha desta sexta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Na proposta de lei orçamentária, a ser enviada ao Congresso até o fim do mês, a maior parte dos gastos não obrigatórios do Poder Executivo será limitada aos montantes em vigor neste ano.

Nota: o congelamento de despesas so pode indicar duas coisas para o programa de caças da FAB: 1) adia-se para o fim de 2012 a compra para que as despesas entrem no orçamento seguinte (2013) ou 2) Abre-se um novo certame em meados de 2012 sob a alcunha de Fx-3. O congelamento de despesas me parece lógico ante o cenario de crise e a redução do financiamento externo (os caças serão comprados desta forma). Observo que o movimento é similar ao dos EUA cujo o banco central 'congelou' juros até o primeiro semestre de 2013. Pessoalmente, acho melhor manter os F5Em voando do que ver os caças em solo (não vamos esquecer o exemplo da Grécia que comprou 'Mirages' modernos antes da olimpiada e agora os vê em solo sem dinheiro para manutenção e combustivel. Não podemos perder o que conquistamos nos últimos anos...

Em entrevista à Folha, a ministra Miriam Belchior (Planejamento) disse que a programação para o próximo ano será "sóbria" e não se deve esperar um Orçamento mais "frouxo". "O limite inicial [de despesas federais para 2012] será o mesmo."

Diante do cenário de instabilidade econômica, o Planalto pediu nesta semana aos líderes dos partidos da base aliada "responsabilidade" e união ao avaliar projetos que aumentem os custos do governo.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) deu o exemplo da PEC 300, que cria um piso nacional para policiais e bombeiros. Há pressão no Congresso para votar o tema neste semestre.

Fonte: Folha - Via JusBrasil