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Participação em operações multinacionais traz crescimento para a FAB


Fonte: CECOMSAER - FAB

Para a maioria dos integrantes da FAB na Base Aérea de Nellis, esta é a primeira Red Flag em suas carreiras. Exceto para dois deles: o Tenente-Coronel-Aviador Paulo Eduardo Vasconcelos e o Major-Aviador David Almeida Alcoforado.

Há dez anos, na Red Flag 98, o Tenente-Coronel Vasconcelos atuava como Oficial Chefe-Controlador, acompanhando os vôos da FAB a bordo de aviões-radar americanos, o AWACS, responsáveis pelo Comando e Controle da Operação. Já o Major David era piloto do 1º/16º GAV, Esquadrão Adelphi, e veio voar a aeronave A-1 em missões de ataque ao solo.

Hoje os dois continuam em funções distintas dentro da operação, mas ambos têm a certeza de que a FAB está em melhores condições de participar da Red Flag, tanto em termos de Comando e Controle (C2), como em preparo operacional dos esquadrões.

A estrutura de C2 na Red Flag 98 estava baseada somente nas informações dos radares dos AWACS, conhecimento que, naquela época, já proporcionava um ganho de experiência muito grande nesse tipo de missão para os oficiais participantes. Em paralelo, outros aprendizados foram obtidos em Forças da Europa, como a da França e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A junção dessas práticas culminou com o estabelecimento da doutrina e da estrutura de Comando e Controle para a FAB que, por sua vez, permitiu a realização da Operação CRUZEX 2002, marco inicial das Operações multinacionais de coalizão.


Para o Major David, o 1º/16º GAV, como um esquadrão pioneiro, veio para a Operação Red Flag 98 municiado de todo o esforço dos seus integrantes para superar as dificuldades da língua e da falta de conhecimento de como operar em missões com uma grande quantidade de aviões. Missões, por exemplo, com 40 aviões voando simultaneamente.

Hoje, na Red Flag 2008, a estrutura doutrinária existente na FAB proporcionou ao Esquadrão Pampa o conhecimento adequado para participar dessa Operação com louvor.

Mas nada seria possível se uma semente não tivesse sido plantada há dez anos, quando houve o compromisso do 1º/16º GAV de aprender e disseminar o conhecimento, permitindo que o moderno emprego do poder aéreo se espalhasse por toda a instituição. O sentimento dos militares que participaram daquela operação é de orgulho por que fizeram parte desse processo de crescimento, que culminou com o ótimo nível de preparo dos militares hoje.

Talvez esse tenha sido o ponto focal para a FAB na Red Flag 98: aprender e disseminar. Os frutos estão sendo colhidos dez anos depois. O ciclo vai se repetir com a experiência de 2008, já que o conhecimento de hoje, será a base do planejamento de amanhã. Como se diz, nada como ter um bom passado, para alçar vôo para um grande futuro.