O presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisará repensar suas palavras, especialmente suas declarações da semana passada, quando disse que, dos três finalistas da concorrência do F-X2, só havia ouvido dos franceses a disposição de montar as aeronaves no Brasil – questão a qual, disse, julga fundamental. Nos encontros que está realizando esta semana com fabricantes e fornecedores brasileiros do setor aeroespacial, num total de 140 empresas, numa iniciativa inédita entre os concorrentes, a Boeing acabou de oficializar sua posição de que – sim – o F/A-18E/F Super Hornet (seu candidato ao F-X2) será montado no Brasil.
Segundo o Mike Coggins, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Boeing, os 12 primeiros exemplares (a encomenda inicial brasileira prevista é de 36) serão entregues prontos, oriundos das linhas de montagem norte-americanas, mas o fabricante norte-americano, durante o processo, transferirá todo o ferramental necessário para a implantação de uma linha de montagem na Embraer (provavelmente, na unidade desta em Gavião Peixoto), onde então serão fabricados os outros 24 aviões. Além disso, de modo claro e direto, os representantes da Boeing afirmaram que o contrato incluirá a tão comentada questão da “abertura do código-fonte”, o que permitirá ao Brasil integrar ao Super Hornet os sistemas de armas que desejar (incluindo aqueles desenvolvidos no próprio país).
Em resumo, os items da proposta da Boeing equivalem exatamente aos pontos pelos quais, segundo Lula, a proposta francesa era mais vantajosa.
Aviação: Apesar do anúncio, negócio com a França não está fechado
TV Estadão
Segundo Roberto Godoy, França, EUA e Suécia tem novo prazo para fazer "propostas melhoradas" para o fornecimento de aviões de última geração para o Brasil. Declaração do presidente Lula gerou polêmica
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Segundo Roberto Godoy, França, EUA e Suécia tem novo prazo para fazer "propostas melhoradas" para o fornecimento de aviões de última geração para o Brasil. Declaração do presidente Lula gerou polêmica
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