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Na guerra pela venda de caças, empresas prometem transferir tecnologia

Agência Câmara - Via Jornal do Brasil

Representantes das empresas interessadas na venda de caças ao governo brasileiro prometeram a transferência de tecnologia ao país. O anúncio foi feito durante o debate promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, nesta quarta-feira, para avaliar a tecnologia oferecida pelas interessadas.

O diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, garantiu que a empresa irá transferir toda a tecnologia pedida pela Aeronáutica e pela Embraer se o país optar por comprar os caças da Suécia. Além disso, todas as aeronaves que serão compradas pelo governo brasileiro serão produzidas inteiramente no país.

O Brasil pretende comprar 36 caças para reaparelhar a Força Aérea Brasileira (FAB) e avalia o Grippen, da Saab, o F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e o Rafale, da francesa Dassault.

A Saab oferece também parceria com empresas brasileiras para o desenvolvimento das aeronovaes suecas. Pela proposta de Janér, 80% da estrutura física de cada aeronovave será construída no Brasil, inclusive das que serão vendidas na Suécia. Além disso, toda parte eletrônica dessas aeronaves será produzida no Brasil.

Os softwares serão produzidos em conjunto pela Saab e pela Embraer, o que significa que a empresa brasileira poderá, depois, produzir esses softwares sem a presença da Saab. A empresa sueca também se comprometeu a instalar no país um laboratório de tecnologia supersônica e outro para desenvolver tecnologia eletrônica.

O vice-presidente da Boeing, Robert Gower, também garantiu que os EUA vão transferir toda tecnologia do caça F-18 Super Hornet para o Brasil, se o país resolver comprar os 36 caças reaparelhar a Força Aérea Brasileira (FAB) da empresa americana.

Segundo Gower, a aeronave da Boeing é mais moderna, econômica e segura. A Boeing também prometeu transferir tecnologia para manutenção dos Super Hornet e montar os aviões no Brasil. As peças das aeronaves serão importadas.

A decisão norte-americana de transferir tecnologia é inédita. Desde o fim da 2ª Guerra Mundial, os EUA não transferiam tecnologia de nenhum equipamento militar em operação para outro país, no máximo ofereciam parceria para manutenção e uso. O congresso americano já aprovou a transferência de tecnologia.

A Boeing também se comprometeu a construir um laboratório no Brasil para desenvolver tecnologia para construir aviões invisíveis a radares.

O diretor da Dassault International do Brasil Ltda., Jean-Marc Merialdo, defendeu os caças Rafale produzidos pela empresa. O empresário francês disse aos parlamentares que a França domina toda a tecnologia para criação e evolução de aviões de combate de alta performance e ressaltou que todos os sistemas do Rafale são franceses, por isso, não será necessária a autorização de nenhum outro país para comercialização dos caças com o Brasil.

Merialdo disse ainda que o governo francês autorizou a Dassault a vender o Rafale e os sistemas de manutenção do avião com transferência de 100% da tecnologia.