Mitsubishi diz que jato MRJ vai capturar 30% do mercado
Reuters/Brasil Online - Por Mariko Katsumura e Harry Suhartono - O Globo
Reuters/Brasil Online - Por Mariko Katsumura e Harry Suhartono - O Globo
A Mitsubishi Aircraft, unidade da japonesa Mitsubishi Heavy Industries, afirmou que seu jato MRJ, o primeiro avião de passageiros desenvolvido pelo Japão, vai conseguir 30 por cento do mercado de curta distância em 10 anos.
O avião, que está sendo desenvolvido com configurações de 70 e 90 assentos, terá uma eficiência maior no consumo de combustível e ajudará companhias aéreas a cortar custos operacionais em até 20 milhões de dólares nos próximos 20 anos, afirmou Yosuke Takigawa, vice-presidente sênior de vendas e marketing.
O avião de 90 assentos terá preço ao redor de 40 milhões de dólares, afirmou o executivo.
O jato da Mitsubishi vai provavelmente competir contra os jatos regionais da brasileira Embraer. O projeto da japonesa é considerado por alguns como a esperança final do Japão para ter uma produção própria de aviões. A primeira aeronave MRJ deve entrar em serviço em 2014.
"O mercado de aviação continua passando por um momento difícil, mas esperamos um grande mercado potencial de jatos regionais", afirmou Takigawa à Reuters durante a Singapore Airshow.
O executivo informou que o plano inicial da companhia é ampliar a presença do MRJ no sudeste da Ásia e na Índia.
A Mitsubishi Aircraft já recebeu até agora encomendas para 125 aeronaves, incluindo um pedido de 25 unidades feito pela All Nippon Airways.
"Uma vez que haverá uma série de aviões da Embraer que verá seus contratos de leasing acabando em ou por volta de 2014, nossa entrada no mercado (em 2014) será correta para conquistarmos clientes", afirmou Takigawa.
O executivo afirmou que a empresa também trabalha para finalizar o primeiro acordo de vendas com a Japan Airlines (JAL), que pediu concordata em 19 de janeiro.
Sob o plano de recuperação liderado pelo governo japonês, a JAL planeja reconfigurar sua frota aposentando todos os 37 Boeings 747-400 e todos os 16 MD 90 que serão substituídos por aviões menores.
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