Após dois dias de reuniões em Brasília, O Alto Comando da Aeronáutica endossou a possibilidade de o governo escolher o caça Rafale, da Dassault, mesmo sendo o mais caro dos três concorrentes. Foi entregue, nesta quarta-feira (17/3), um ofício-resposta ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que considera não ser responsabilidade da Força Aérea Brasileira (FAB) a decisão política de escolher o novo caça. No entanto, a Aeronáutica reavaliou que, considerando a Estratégia de Defesa Nacional, os caças franceses representam a “proposta mais consistente”.
O relatório reitera, no entanto, que os três modelos que participam da concorrência - Gripen, F-18 e Rafale - atendem à Aeronáutica nos aspectos operacionais e logísticos. O ministro da Defesa deve apresentar, dentro de alguns dias, seu próprio relatório ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a decisão final. O Brasil pretende comprar 36 caças em um negócio que pode chegar a US$ 10 bilhões.
Tecnologia irrestrita
Os Rafale possuem dois motores e os franceses afirmam que transferem tecnologia de forma irrestrita, além de oferecerem o mercado da América do Sul para o Brasil exportar a produção.
Fonte: Correio Brasiliense
Relatório final da FAB diz que proposta de caças franceses é 'mais consistente'
Brasil pretende comprar 36 caças em negócio de até US$10 bilhões.
Opções são modelos da França, da Suécia e dos Estados Unidos
Opções são modelos da França, da Suécia e dos Estados Unidos
Está na mesa do ministro da Defesa, Nelson Jobim, o relatório final da Força Aérea Brasileira sobre a qualidade técnica dos caças que disputam a compra pelo Brasil.
Diferentemente das análises anteriores, desta vez a Aeronáutica reavalia que, considerando a Estratégia de Defesa Nacional, os caças franceses Rafale representam "a proposta mais consistente". O Brasil pretende comprar 36 caças em um negócio que pode chegar a US$10 bilhões.
O relatório de sete páginas afirma ainda que em termos operacionais, os três jatos – os franceses, os suecos Gripen Ng e os americanos F-18 Super Hornet - satisfazem tecnicamente.
Dentro de alguns dias, o ministro da Defesa vai apresentar seu próprio relatório ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá escolher oficialmente o caça a ser comprado com base nos argumentos de Jobim.
Os Rafale possuem dois motores e os franceses afirmam que transferem tecnologia de forma irrestrita, além de oferecerem o mercado da América do Sul para o Brasil exportar a produção.
Preferência por franceses
A preferência do presidente Lula pelos franceses já é conhecida - foi declarada no dia 7 de setembro do ano passado durante uma visita do presidente francês, Nicolas Sarkozy, a Brasília.
Em audiência no Senado ainda em 2009, o ministro da Defesa afirmou: “há efetivamente por parte do governo uma opção pela França. Basta que a França cumpra as opções de transferência de tecnologia”.
Na época, Jobim mencionou ainda que a transferência de tecnologia por parte dos americanos já foi um problema para o Brasil: “mostrei aos americanos que a jurisprudência americana não lhes era favorável, uma vez que nós tínhamos uma série de embargos de transferência de tecnologia nos últimos anos, mostrei aos americanos que a sua tradição não os recomendava”, afirmou então o ministro.
Claudia Bomtempo Da TV Globo - Via G1
2 Comentários
-Aliás, foi uma coisa linda, num dia criaram o bendito LIVRO BRANCO, no seguinte vieram babar os nossos pracinhas em plenário, e como golpe de misericórdia detonaram todo balanceamento das verbas já negociado do pré-sal no outro seguinte, e saíram dizendo que deveriam reduzir a verba Federal, e OPS, por aí pode ser drenado a verba alocada para a defesa...sei não, pessoalzinho lambão esses políticos.