Especialistas querem ir além das máquinas de raios X e detectores de metal para evitar novos ataques terroristas em aviões
Um aspirante a terrorista tenta embarcar em um avião com o objetivo de causar mortes em massa. Enquanto ele atravessa o controle de segurança aparentando agitação e olhando em volta de maneira suspeita, uma rede de máquinas de alta tecnologia analisa sua linguagem corporal e lê sua mente. Analistas o abordam. A tragédia é evitada.
Ainda que pareça inverosímil, sistemas que pretendem entrar na cabeça de um malfeitor estão entre as propostas sugeridas por especialistas em segurança que querem ir além das máquinas de raios X e detectores de metal usados em milhões de passageiros e suas malas a cada ano.
Logo após a tentativa de atentado no voo que fazia a rota Amsterdã-Detroit no dia de Natal do ano passado, o presidente Barack Obama pediu que os Departamentos de Segurança Interna e de Energia desenvolvessem uma melhor tecnologia de rastreagem, alertando: “Na interminável corrida para proteger nosso país, temos de estar um passo à frente de um adversário veloz.”
As ideias que têm sido oferecidas por especialistas em segurança para permanecer um passo à frente incluem sensores altamente sofisticados, interrogatórios mais intensos dos viajantes por analistas treinados em comportamento humano e um levantamento das proibições americanas contra o estabelecimento de perfis.
Algumas das ideias mais incomuns já estão sendo testadas. Outras não são alvo de qualquer consideração séria. Muitas levantam sérias questões sobre as liberdades civis. Todas são caras.
“Os reguladores precisam aceitar que a abordagem atual está ultrapassada”, disse Philip Baum, editor da revista londrina Aviation Security International (Segurança Internacional da Aviação, em tradução livre). “Ela funcionava em relação às ameaças dos anos 1960, mas não responde às ameaças do século 21.”
Confira abaixo a lista de algumas das ideias que podem moldar o futuro da segurança das companhias aéreas:
Leitores da mente
O objetivo de uma empresa que combina alta tecnologia e psicologia comportamental é insinuado em seu nome, WeCU - como em "We See You" ("Vemos Você", em tradução livre).
O sistema desenvolvido pela companhia israelense WeCU Technologies está em teste em aeroportos de Israel e projeta imagens em telas do aeroporto como símbolos associados a um determinado grupo terrorista ou a alguma outra imagem que apenas um suposto terrorista pode reconhecer, explicou o CEO da empresa, Ehud Givón.
A lógica é que as pessoas não têm como não reagir, mesmo que sutilmente, a imagens conhecidas que de repente aparecem em lugares estranhos. Se você anda pelo aeroporto e vê uma foto de sua mãe, explicou Givón, não tem como não reagir. A reação poderia ser uma olhada ao redor, um aumento dos batimentos cardíacos, um tique nervoso ou respiração ofegante, disse.
O sistema WeCU seria monitorado por apenas algumas pessoas, dependendo principalmente de câmeras escondidas ou sensores que podem detectar um ligeiro aumento na temperatura corporal e frequência cardíaca. Dispositivos mais sensíveis em desenvolvimento que podem fazer tais análises à distância seriam incorporados mais tarde. Se os sensores captarem uma reação suspeita, o viajante pode ser retirado da fila de triagem. "Um por um, é possível selecionar as pessoas com intenções maliciosas", disse Givón.
Alguns críticos expressaram horror em relação a essa abordagem, chamando-a de Orwelliana (em referência ao escritor inglês George Orwell, que criou a personagem do Grande Irmão - que a tudo observa - no livro "1984") e algo semelhante a “tirar impressões digitais do cérebro”.
Para defensores das liberdades civis, tentar ler os pensamentos de uma pessoa é algo que se aproxima desconfortavelmente do mundo futuro retratado no filme "Minority Report", em que um policial interpretado por Tom Cruise prende pessoas que um sistema de monitoramente indicou que cometeriam crimes.
Detectores de mentiras
Um sistema que está em estudo pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA é chamado de Future Attribute Screening Technology (Tecnologia de Rastreamento de Atributos Futuros, em tradução livre), ou FAST, e funciona como um polígrafo.
Ele submeteria suspeitos a uma bateria de testes, incluindo exames de movimentos faciais e dilatação da pupila, para detectar sinais de dissimulação. Pequenas plataformas semelhante às placas de posicionamento utilizadas no Nintendo Wii ajudariam a detectar inquietação.
Em uma passeata pública em Boston no ano passado o gerente do projeto, Robert Burns, explicou que as pessoas que escondem um mal demostram reações fisiológicas involuntárias que outras pessoas não demonstram. O sistema poderia ser feito para funcionar de forma passiva, inspecionando as pessoas enquanto caminham por uma fila de segurança, de acordo com Burns.
Testes do sistema, que custará cerca de US$ 20 milhões para ser desenvolvido, podem começar em 2011, segundo o jornal americano The Boston Globe. Atendendo a uma preocupação dos defensores das liberdades civis, Burns disse que a tecnologia apagará os dados após cada seleção.
O modelo israelense
Alguns dizem que os EUA devem aprender com Israel em matéria de segurança. Nos aeroportos israelenses, considerados os mais seguros do mundo, os viajantes são submetidos a uma sondagem de questões pessoais enquanto analistas observam diretamente seus olhos para detectar sinais de dissimulação. As buscas são meticulosas, com exames de raio X de todos os itens de uma mala, desdobrando-se meias, apertando creme dental e folheando livros.
“Todos devemos olhar para Israel e aprender com eles. As medidas não são apenas uma reação pós-11 de Setembro. Eles vêm fazendo isso desde 1956”, disse Michael Goldberg, presidente da IDO Security Inc., que desenvolveu um dispositivo que pode fazer a varredura em busca de armas escondidas em sapatos enquanto eles ainda estão nos pés das pessoas.
Israel também adota o uso de perfis: no Aeroporto Ben-Gurion, judeus israelenses normalmente passam sem problemas, enquanto outros podem ser parados para interrogatório ou mesmo para revista sem roupas. Outra característica que distingue os aeroportos israelenses é que eles contam com anéis concêntricos de segurança que começam a quilômetros de distância dos terminais.
Rafi Ron, ex-diretor de segurança do Ben-Gurion, que agora é consultor do Aeroporto Internacional Boston Logan, diz que os aeroportos americanos também precisam ser cuidadosos para não se concentrar demais em garantir a segurança nos pontos de entrada de passageiros, esquecendo o resto. “Não investir todos seus esforços na porta da frente e deixar a porta traseira aberta”, disse Ron.
Um aspirante a terrorista tenta embarcar em um avião com o objetivo de causar mortes em massa. Enquanto ele atravessa o controle de segurança aparentando agitação e olhando em volta de maneira suspeita, uma rede de máquinas de alta tecnologia analisa sua linguagem corporal e lê sua mente. Analistas o abordam. A tragédia é evitada.
Ainda que pareça inverosímil, sistemas que pretendem entrar na cabeça de um malfeitor estão entre as propostas sugeridas por especialistas em segurança que querem ir além das máquinas de raios X e detectores de metal usados em milhões de passageiros e suas malas a cada ano.
Logo após a tentativa de atentado no voo que fazia a rota Amsterdã-Detroit no dia de Natal do ano passado, o presidente Barack Obama pediu que os Departamentos de Segurança Interna e de Energia desenvolvessem uma melhor tecnologia de rastreagem, alertando: “Na interminável corrida para proteger nosso país, temos de estar um passo à frente de um adversário veloz.”
As ideias que têm sido oferecidas por especialistas em segurança para permanecer um passo à frente incluem sensores altamente sofisticados, interrogatórios mais intensos dos viajantes por analistas treinados em comportamento humano e um levantamento das proibições americanas contra o estabelecimento de perfis.
Algumas das ideias mais incomuns já estão sendo testadas. Outras não são alvo de qualquer consideração séria. Muitas levantam sérias questões sobre as liberdades civis. Todas são caras.
“Os reguladores precisam aceitar que a abordagem atual está ultrapassada”, disse Philip Baum, editor da revista londrina Aviation Security International (Segurança Internacional da Aviação, em tradução livre). “Ela funcionava em relação às ameaças dos anos 1960, mas não responde às ameaças do século 21.”
Confira abaixo a lista de algumas das ideias que podem moldar o futuro da segurança das companhias aéreas:
Leitores da mente
O objetivo de uma empresa que combina alta tecnologia e psicologia comportamental é insinuado em seu nome, WeCU - como em "We See You" ("Vemos Você", em tradução livre).
O sistema desenvolvido pela companhia israelense WeCU Technologies está em teste em aeroportos de Israel e projeta imagens em telas do aeroporto como símbolos associados a um determinado grupo terrorista ou a alguma outra imagem que apenas um suposto terrorista pode reconhecer, explicou o CEO da empresa, Ehud Givón.
A lógica é que as pessoas não têm como não reagir, mesmo que sutilmente, a imagens conhecidas que de repente aparecem em lugares estranhos. Se você anda pelo aeroporto e vê uma foto de sua mãe, explicou Givón, não tem como não reagir. A reação poderia ser uma olhada ao redor, um aumento dos batimentos cardíacos, um tique nervoso ou respiração ofegante, disse.
O sistema WeCU seria monitorado por apenas algumas pessoas, dependendo principalmente de câmeras escondidas ou sensores que podem detectar um ligeiro aumento na temperatura corporal e frequência cardíaca. Dispositivos mais sensíveis em desenvolvimento que podem fazer tais análises à distância seriam incorporados mais tarde. Se os sensores captarem uma reação suspeita, o viajante pode ser retirado da fila de triagem. "Um por um, é possível selecionar as pessoas com intenções maliciosas", disse Givón.
Alguns críticos expressaram horror em relação a essa abordagem, chamando-a de Orwelliana (em referência ao escritor inglês George Orwell, que criou a personagem do Grande Irmão - que a tudo observa - no livro "1984") e algo semelhante a “tirar impressões digitais do cérebro”.
Para defensores das liberdades civis, tentar ler os pensamentos de uma pessoa é algo que se aproxima desconfortavelmente do mundo futuro retratado no filme "Minority Report", em que um policial interpretado por Tom Cruise prende pessoas que um sistema de monitoramente indicou que cometeriam crimes.
Detectores de mentiras
Um sistema que está em estudo pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA é chamado de Future Attribute Screening Technology (Tecnologia de Rastreamento de Atributos Futuros, em tradução livre), ou FAST, e funciona como um polígrafo.
Ele submeteria suspeitos a uma bateria de testes, incluindo exames de movimentos faciais e dilatação da pupila, para detectar sinais de dissimulação. Pequenas plataformas semelhante às placas de posicionamento utilizadas no Nintendo Wii ajudariam a detectar inquietação.
Em uma passeata pública em Boston no ano passado o gerente do projeto, Robert Burns, explicou que as pessoas que escondem um mal demostram reações fisiológicas involuntárias que outras pessoas não demonstram. O sistema poderia ser feito para funcionar de forma passiva, inspecionando as pessoas enquanto caminham por uma fila de segurança, de acordo com Burns.
Testes do sistema, que custará cerca de US$ 20 milhões para ser desenvolvido, podem começar em 2011, segundo o jornal americano The Boston Globe. Atendendo a uma preocupação dos defensores das liberdades civis, Burns disse que a tecnologia apagará os dados após cada seleção.
O modelo israelense
Alguns dizem que os EUA devem aprender com Israel em matéria de segurança. Nos aeroportos israelenses, considerados os mais seguros do mundo, os viajantes são submetidos a uma sondagem de questões pessoais enquanto analistas observam diretamente seus olhos para detectar sinais de dissimulação. As buscas são meticulosas, com exames de raio X de todos os itens de uma mala, desdobrando-se meias, apertando creme dental e folheando livros.
“Todos devemos olhar para Israel e aprender com eles. As medidas não são apenas uma reação pós-11 de Setembro. Eles vêm fazendo isso desde 1956”, disse Michael Goldberg, presidente da IDO Security Inc., que desenvolveu um dispositivo que pode fazer a varredura em busca de armas escondidas em sapatos enquanto eles ainda estão nos pés das pessoas.
Israel também adota o uso de perfis: no Aeroporto Ben-Gurion, judeus israelenses normalmente passam sem problemas, enquanto outros podem ser parados para interrogatório ou mesmo para revista sem roupas. Outra característica que distingue os aeroportos israelenses é que eles contam com anéis concêntricos de segurança que começam a quilômetros de distância dos terminais.
Rafi Ron, ex-diretor de segurança do Ben-Gurion, que agora é consultor do Aeroporto Internacional Boston Logan, diz que os aeroportos americanos também precisam ser cuidadosos para não se concentrar demais em garantir a segurança nos pontos de entrada de passageiros, esquecendo o resto. “Não investir todos seus esforços na porta da frente e deixar a porta traseira aberta”, disse Ron.
Aeroporto de Ben-Gurion, o maior de Israel, tem normas rígidas de segurança
Embora muitos especialistas concordem que os EUA poderiam adotar alguns métodos israelenses, poucos acreditam que o modelo geral funcione no país, em parte por causa do grande número de grandes aeroportos americanos - cerca de 400, enquanto há meia dúzia de Israel.
Além disso, as buscas meticulosas e interrogatórios provocariam atrasos que poderia causar uma paralisação do tráfego aéreo. E muitos americanos achariam desagradável a abordagem frequentemente intrusiva e intimidadora dos israelenses.
Perfil
Alguns argumentam que as políticas contra a criação de perfis comprometem a segurança. Philip Baum, que também é diretor da Green Light Limited, uma empresa de segurança na aviação com sede em Londres, concorda que a criação de perfis com base em raça e religião é contraproducente e deve ser evitada. Mas ele argumenta que a relutância para distinguir os viajantes por outros motivos - como seu aspecto geral ou seus maneirismos - é não apenas imprudente, mas perigosa.
“Quando você vê uma típica família - vestida como uma família, que age como uma família, interage com os outros como uma família - e os detalhes do seu passaporte correspondem ao que vemos, então vamos deixá-los passar”, disse. “Pare de desperdiçar tempo de triagem que seria muito melhor gasto com as pessoas em relação as quais temos mais preocupações.”
As autoridades americanas proíbem a criação de perfis de passageiros com base na etnia, religião ou procedência nacional. Os procedimentos atuais de seleção de viajantes para triagem são aleatórios.
Examinar avós de 80 anos de idade ou estudantes porque eles poderiam estar carregando uma tesoura escolar pode desafiar o bom senso, disse Baum. “Precisamos usar o cérebro humano - que é a melhor tecnologia de todas”, disse.
Mas qualquer tentativa de relaxar as proibições contra a criação de perfis certamente provocaria uma forte resistência, incluindo contestações jurídicas por defensores da privacidade.
Privatização
E se a segurança for deixada por conta de alguém que não seja o governo federal? Jim Harper, diretor de estudos de políticas da informação no Instituto Cato, em Washington, um grupo de pensadores orientado para um livre mercado, diz que as empresas devem poder cuidar da segurança nos aeroportos.
Especialmente desde o 11 de Setembro, a tendência tem sido para a padronização dos procedimentos de segurança para garantir que todos os aeroportos sigam as melhores práticas. Mas Harper afirma que a descentralização da responsabilidade resultará em uma combinação de abordagens - tornando mais difícil para os terroristas utilizar um modelo único no planejamento de ataques.
“Os passageiros também preferem uma experiência uniforme”, disse. “Mas isso não é necessariamente a melhor segurança. Seria melhor se, por vezes, retirássemos seu laptop da bagagem e em outras ocasiões apalpássemos a mala. Isso é o que enlouqueceria um terrorista - como se já não fosse louco.”
Harper admite que a privatização da segurança dos aeroportos é algo que provavelmente não acontecerá, e a ideia não recebeu muita atenção. Ele reconhece que seria difícil afastar os receios de falhas de segurança se ela fosse deixada a cargo de cada companhia aérea ou do aeroporto.
Fonte: Tarm Michael (AP) via iG - Fotos: Getty Images / Reprodução - Noticias Sobre Aviação
Além disso, as buscas meticulosas e interrogatórios provocariam atrasos que poderia causar uma paralisação do tráfego aéreo. E muitos americanos achariam desagradável a abordagem frequentemente intrusiva e intimidadora dos israelenses.
Perfil
Alguns argumentam que as políticas contra a criação de perfis comprometem a segurança. Philip Baum, que também é diretor da Green Light Limited, uma empresa de segurança na aviação com sede em Londres, concorda que a criação de perfis com base em raça e religião é contraproducente e deve ser evitada. Mas ele argumenta que a relutância para distinguir os viajantes por outros motivos - como seu aspecto geral ou seus maneirismos - é não apenas imprudente, mas perigosa.
“Quando você vê uma típica família - vestida como uma família, que age como uma família, interage com os outros como uma família - e os detalhes do seu passaporte correspondem ao que vemos, então vamos deixá-los passar”, disse. “Pare de desperdiçar tempo de triagem que seria muito melhor gasto com as pessoas em relação as quais temos mais preocupações.”
As autoridades americanas proíbem a criação de perfis de passageiros com base na etnia, religião ou procedência nacional. Os procedimentos atuais de seleção de viajantes para triagem são aleatórios.
Examinar avós de 80 anos de idade ou estudantes porque eles poderiam estar carregando uma tesoura escolar pode desafiar o bom senso, disse Baum. “Precisamos usar o cérebro humano - que é a melhor tecnologia de todas”, disse.
Mas qualquer tentativa de relaxar as proibições contra a criação de perfis certamente provocaria uma forte resistência, incluindo contestações jurídicas por defensores da privacidade.
Privatização
E se a segurança for deixada por conta de alguém que não seja o governo federal? Jim Harper, diretor de estudos de políticas da informação no Instituto Cato, em Washington, um grupo de pensadores orientado para um livre mercado, diz que as empresas devem poder cuidar da segurança nos aeroportos.
Especialmente desde o 11 de Setembro, a tendência tem sido para a padronização dos procedimentos de segurança para garantir que todos os aeroportos sigam as melhores práticas. Mas Harper afirma que a descentralização da responsabilidade resultará em uma combinação de abordagens - tornando mais difícil para os terroristas utilizar um modelo único no planejamento de ataques.
“Os passageiros também preferem uma experiência uniforme”, disse. “Mas isso não é necessariamente a melhor segurança. Seria melhor se, por vezes, retirássemos seu laptop da bagagem e em outras ocasiões apalpássemos a mala. Isso é o que enlouqueceria um terrorista - como se já não fosse louco.”
Harper admite que a privatização da segurança dos aeroportos é algo que provavelmente não acontecerá, e a ideia não recebeu muita atenção. Ele reconhece que seria difícil afastar os receios de falhas de segurança se ela fosse deixada a cargo de cada companhia aérea ou do aeroporto.
Fonte: Tarm Michael (AP) via iG - Fotos: Getty Images / Reprodução - Noticias Sobre Aviação
0 Comentários