"Temos a necessidade urgente de, em primeiro lugar, estabelecer um sistema de vigilância internacional nos próximos meses e, em segundo lugar, examinar todos os pacientes que derem entrada a qualquer sistema de saúde" em tantos países quanto for possível, disse Patrice Nordmann, do Hospital Bicetre, da França.
"Por enquanto não sabemos quão rapidamente o fenômeno está se espalhando (...). Pode levar meses ou anos, mas o certo é que se espalhará", disse à AFP, destacando que já foram tomadas medidas na França e que outras estão em discussão no Japão, em Cingapura e na China.
"É um pouco como uma bomba relógio", explicou.
Nordmann participa da 50ª Conferência Intercientífica sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia (Interscience conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy), que reúne 12.000 especialistas em doenças infecciosas em Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos).
O cientista, que é chefe do departamento de bacteriologia e virologia do hospital francês, disse que a bactéria encontrará terreno fértil na população de 1,3 bilhão de pessoas da Índia.
A "superbactéria", chamada NDM-1 (metalo-beta-lactamase 1 de Nova Délhi) e suas variações parecem ter se originado na Índia. Ela foi detectada pela primeira vez em 2007, na Grã-Bretanha.
A NDM-1 resiste a quase todos os tipos de antibióticos, inclusive os carbapenemas, geralmente reservados às emergências e ao tratamento de infecções multirresistentes.
Fonte: AFP
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Já tem 10 anos que vi um alerta científico por projeção de que tal ameaça chegaria probabilisticamente nos anos 2010. Tenho estado torcendo por erro, mas é conhecido como a super-bactéria.
"Desculpem-me pela palavra", mas eu só posso dizer: Misericórdia Senhor... o dia está chegando!
-Que dia? Dia de dores, como a que está prestes a dar a luz.