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A Alemanha quitou domingo a última dívida da Primeira Guerra Mundial (1914-18), no 20º aniversário da reunificação alemã, quando as Alemanhas Oriental e Ocidental voltaram a formar um só país.

A última parcela de 70 milhões de euros (R$ 162,6 milhões) encerra uma história que já dura 92 anos. A Alemanha saiu derrotada da Primeira Guerra e mergulhou em uma ditadura totalitária, que lançou as bases para a Segunda Guerra Mundial (1939-45), na qual o país acabou dividido durante quatro décadas.

A Alemanha foi obrigada a aceitar a culpa e pagar sozinha as indenizações do Tratado de Versalhes, assinado em 1919, como compensação para os países devastados pela guerra, como Bélgica e França. Também teve de pagar aos Aliados alguns dos custos de travar o que foi, até então, o mais sangrento conflito da história, deixando cerca de dez milhões de soldados mortos.

A soma foi fixada em cerca de 6,6 milhões de libras (R$ 17,85 milhões) em 1921, uma alta quantia para a época. Houve esforços para reduzir a quantia, como o Plano Dawes, em 1924, e o Plano Young, em 1929, em que Berlim recebeu empréstimos para cumprir os pagamentos de indenização. Mas eles não foram suficientes e desencadearam um ressentimento massivo na Alemanha, que ajudou a alimentar o crescimento de Adolf Hitler e de seu Partido Nazista.

A conta poderia ter sido quitada há muito tempo, se Adolf Hitler não tivesse negado qualquer tipo de reparação enquanto estava no poder. Em 1953, os aliados ocidentais (EUA, França e Reino Unido) chegaram a um novo acordo sobre as dívidas externas alemãs.

O acordo de Londres estipulou que algumas dívidas não deveriam ser pagas até que a Alemanha se reunificasse. Agora, a maior parte do dinheiro, que compõe um título emitido para pagar as dívidas restantes do conflito, vai para particulares, fundos de pensão e empresas holding de títulos, de acordo com o jornal britânico Telegraph.

Fonte: Terra