A aprovação, pelas Nações Unidas, de uma zona de exclusão aérea na Líbia - onde rebeldes tentam derrubar o líder Muamar Kadafi - criou um "cenário" em que os três modelos que disputam a encomenda da Força Aérea Brasileira (FAB) podem exibir suas capacidades. E enquanto os caças Rafale (França), F18 (EUA) e Gripen (Suécia) cruzam o céu do deserto em suas missões, outra guerra é travada no Brasil - a dos lobbies dos fabricantes pela preferência brasileira.

A assessoria de imprensa da Saab no Brasil anunciou que a missão da Otan na Líbia inclui oito caças Gripen C. Não se trata, porém, do modelo oferecido ao Brasil. Este, no momento, é apenas um protótipo - uma nova geração do usado na Líbia, modelo E/F ou NG. O Gripen C já é adotado pela própria Suécia e também por Hungria, África do Sul, República Checa e Tailândia.

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"O caça existe, sim, mas o que está sendo oferecido é um salto tecnológico, uma nova geração baseada no modelo já existente, com tração maior e maior capacidade para levar armamentos e combustível", explicou o diretor da campanha Gripen no Brasil, Bengt Janer. "O que propomos ao Brasil é fazer junto. Os outros países não vão compartilhar tecnologia da mesma maneira e nosso custo é o mais baixo."

Na Líbia, a Suécia alocou 130 pessoas por três meses. A base dos Gripen fica na Sicília, onde, além dos oito caças, aterrissou um Hércules C-130. O modelo é um caça multiemprego, para missões ar-ar, ar-terra e reconhecimento, mas o Parlamento sueco não aprovou as missões ar-terra. "Sendo assim, eles vão operar na defesa aérea e em missões de reconhecimento", diz o diretor.

Fonte: Estadão