O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse na terça-feira que sua pasta estuda propor uma lei que garanta constância aos recursos destinados ao ministério, um dos mais atingidos pelo recente corte de gastos anunciado pelo governo federal.

"Precisamos aprovar uma lei de programação militar que permita um mínimo de previsibilidade e de estabilidade dos fluxos de recursos direcionados à pesquisa e ao desenvolvimento de projetos militares", defendeu o ministro durante a abertura da LAAD, maior feira de defesa da América Latina.

"Sem esse instrumento, um planejamento de médio e longo prazos torna-se virtualmente impossível", disse Jobim, sem criticar os cortes realizados em sua pasta.

O Ministério da Defesa foi afetado pelo contingenciamento de 50,7 bilhões de reais no Orçamento de 2011 anunciado em fevereiro pelo governo federal. A pasta perdeu 4,4 bilhões de reais, o equivalente a 26,5 por cento dos recursos originalmente destinados ao ministério.

O governo da presidente Dilma Rousseff também adiou uma decisão sobre a compra de novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), um dos principais temas na pauta do ministério. O processo começou em 2008 e agora deve ficar para o ano que vem.

Disputam a escolha do governo brasileiro para um lote inicial de 36 aeronaves o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing; o Rafale, da francesa Dassault; e o Gripen NG, da sueca Saab.

Fonte: O Globo