Perto do cais fluvial da Transtejo em Cacilhas, o burburinho era o normal de uma manhã de sábado. Faltavam pouco mais de quinze minutos para 10h00 quando o Arpão, pela primeira vez a entrar no Tejo, passou por ali.
Em redor, a maioria dos transeuntes estava-lhe indiferente. Alguns olhares curiosos de quem esperava pelo barco para atravessar o rio, mas nenhum fã.
Manuel José, 42 anos, disse à Lusa não fazer "a mínima ideia" de que o submarino entraria no Tejo hoje: "Para mim é mais um dia de trabalho. Pouco me importa", afirmou.
Perto da zona de embarque de automóveis, dois homens com mais de 70 anos, chapéu de chuva na mão e jornal debaixo do braço, param para ver.
O homem à esquerda, virado para o rio, diz que "veio a Cacilhas porque calhou, não sabia do submarino". E não diz mais, "que não tem que dar contas da sua vida a ninguém". O outro, José Alberto, ouviu a notícia na rádio e, "como vinha comprar o jornal", aproveitou "para espreitar".
Cerca de mil milhões de euros em submarinos
"Vão ali mais uns milhões mal gastos. Uns milhões gastos para atacar as formigas", comenta ao homem que está a seu lado e que responde: "Ora, o dinheiro tem de ser gasto em algum lado". O submarino segue caminho, os dois homens também.
Por ser a primeira vez que entra no Tejo, o Arpão embarcará o Vice-almirante Comandante Naval e será recebido na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, de acordo com a tradição naval.
De acordo com a Marinha, o Arpão tem hora de chegada à base às 10h30, não estando prevista nenhuma cerimónia para assinalar publicamente a receção do novo equipamento.
O segundo submarino comprado por Portugal foi recebido provisoriamente em dezembro na Alemanha.
O Tridente, primeiro submarino encomendado por Portugal à empresa alemã Ferrostaal, chegou a Portugal em agosto do ano passado.
A aquisição dos dois submarinos custou a Portugal cerca de mil milhões de euros.
O Arpão atinge uma velocidade máxima de 20 nós e garante uma autonomia máxima de 45 dias, possuindo "capacidade para lançar mísseis, de defesa aérea e luta de superfície, e capacidade para lançar torpedos, de luta de superfície e subsuperfície", refere a Marinha.
O NRP Arpão é comandado pelo Capitão-tenente Nuno Baptista Pereira.
Fonte: AEIOU
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Ontem, 20/05/2011
Rússia efetua disparo de teste bem-sucedido de míssil estratégico Sineva
O Exército russo efetuou com sucesso nesta sexta-feira um disparo de teste de um míssil balístico estratégico Sineva de um submarino no Ártico, anunciou um porta-voz do Ministério da Defesa, citado pela agência RIA Novosti.
"O disparo foi efetuado em submersão no Mar de Barents (noroeste) a partir do submarino nuclear Ekaterinburgo. Na hora prevista, a carga do míssil chegou ao polígono de Kura, em Kamtchatka", no Extremo Oriente russo, explicou o porta-voz, Igor Konachenkov.
O Sineva é um míssil intercontinental capaz de transportar até 10 ogivas nucleares, segundo o site GlobalSecurity.org.
Sineva R-29RMU (os planos atuais é a construção de cerca de 100 mísseis desse tipo).
Tem um vídeo de um lançamento no Pólo Norte que assustador:
Launch Sineva missile from North Pole
http://www.youtube.com/watch?v=rhI9F0WW3eU&feature=player_embedded