Pela primeira vez em mais de 20 anos, um novo avião de caça russo subirá aos céus diante do público no Salão Internacional Aeroespacial de Moscou, o MAKS-2011. Será a demonstração do protótipo do modelo de combate Sukhoi T-50.

O fato de que a Rússia exibirá sua quinta geração da caças pela primeira vez é, para os especialistas e economistas, um atestado da sobrevivência de uma importante indústria militar aeroespacial, depois de duas décadas de imensos cortes no orçamento da defesa. A indústria aeroespacial russa teve de sobreviver com o que podia ganhar no estrangeiro, principalmente no florescente mercado asiático, particularmente na China e na Índia. O T-50, a joia da coroa militar aeroespacial russa, também envolve a Índia, que fabricará um derivado para sua própria Força Aérea.



A Rússia vendeu mais de 450 caças a jato Su-27/30 e cerca de 180 MiG-29 de 1999 a 2010, segundo o Centro para Análise de Estratégias e Tecnologias, o CAST, um banco de ideias sediado em Moscou, ajudando os fabricantes de aviões de guerra Sukhoi e MiG a ficarem vivos apesar da falta de vendas domésticas. O diretor do CAST, Ruslan Pukhov, afirmou ter a certeza de que os principais fabricantes de aviões militares russos – Sukhoi, MiG e Irkut – têm suficiente potencial de produção para atender no futuro tanto encomendas domésticas como estrangeiras.




Depois de terem sobrevivido aos anos das vacas magras da década de 1990 como um amontoado avulso de escritórios de projetos e fábricas isoladas, hoje quase todos os elementos de projeto e produção da indústria aeronáutica russa estão incorporados na holding Corporação Aeronáutica Unida.

Fonte: Diário da Russia