O governo prepara um pacote de investimentos na área de telecomunicações
estimado em pelo menos R$ 100 bilhões, que se soma aos planos de
infraestrutura lançados durante o ano passado.
A gestão Dilma vem tentando atrair a iniciativa privada em
investimentos, para tentar reativar a economia, que cresceu 0,9% em
2012.
Três ministérios (Fazenda, Comunicações e Planejamento) discutem desde o
mês passado proposta que prevê a substituição da rede de fios de cobre,
usada para levar internet às residências, por fibra óptica, que torna a
conexão dez vezes mais rápida.
O tema agradou a presidente Dilma. A discussão tem como base estudos do
Banco Mundial e de auditorias que afirmam que investimentos em melhoria
da velocidade das conexões de internet contribuem diretamente para o
crescimento do PIB.
O prazo previsto para os investimentos é de dez anos. Além de mais
qualidade no serviço prestado, a avaliação é que o projeto gerará o
desenvolvimento de uma cadeia produtiva para abastecer as grandes
empresas, abrindo caminho para o desenvolvimento de pequenos negócios.
Dois modelos estão em discussão nos bastidores do governo. No que
desperta maior simpatia entre os vários agentes envolvidos, o governo
dividiria com as operadoras o custo do investimento.
FIM DAS CONCESSÕES
As teles ganhariam de forma definitiva do governo todos os bens que
receberam na época da privatização da Telebras, além de acesso a linhas
de crédito do BNDES.
O espólio da Telebras é estimado em R$ 17,3 bilhões pelo governo --nos
cálculos preliminares das empresas, os bens reversíveis valem metade
disso. São prédios, obras de arte, orelhões e fios que teriam que ser
devolvidos ao governo em 2025, quando acaba o prazo da concessão.
O governo entende que até lá esse passivo já estará sucateado, por isso considera vantajoso trocá-lo agora por investimento.
Para atrair as teles, o governo ainda acabaria com a concessão na
telefonia fixa (na móvel já não existe). Para explorá-la, bastaria uma
autorização do Executivo.
Com isso, o serviço passaria a ser prestado não mais em regime público
mas em regime privado, dando às empresas liberdade para fixar preço, por
exemplo.
Para não caracterizar quebra de contrato, as teles poderiam escolher ficar no regime de concessão ou fazer a migração.
No segundo modelo pensado pelo governo, seria feita uma megalicitação.
Nesse caso, a concessão na telefonia fixa seria mantida e os bens
reversíveis continuariam sendo do governo.
Fonte: FSP
Três ministérios estão envolvidos na produção de um grande projeto
que promete revolucionar as telecomunicações no país. Dados obtidos pelo
jornal Folha de São Paulo
dão conta de incentivos e investimentos que, no total, somariam mais de
100 bilhões de reais. A presidente Dilma estaria particularmente feliz
com as ideias.
O setor de telecomunicações cresceu 0,9% no ano passado e há estudos
que relacionam o fornecimento de banda larga com o crescimento direito
do PIB (Produto Interno Bruto). Portanto, é mais do que bem-vinda uma
iniciativa que, no cenário ideal, instalaria uma grande malha de fibra
ótica no lugar dos fios de cobre do século passado.
Para chegar a este resultado há dois caminhos. O primeiro deles,
também o mais querido dos ministérios de Comunicações, Fazenda e
Planejamento, inclui o fim da concessão de telefonia fixa (atualmente
nas mãos principalmente da Oi e da Telefônica/Vivo). Elas não
precisariam devolver ao governo uma série de itens de infraestrutura do
espólio da Telebrás que somam aproximadamente 17,3 bilhões de reais. A Folha informa que são orelhões, fios de cobre, edifícios e obras de arte.
Operadoras de telefonia precisariam apenas de uma licença do
Executivo para prover o serviço de fixo e de banda larga. Além disso, o
acesso a crédito no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) seria facilitado.
A segunda proposta poderia levar mais tempo e não atrair
interessados. O governo gastaria menos em uma “megalicitação” para a
instalação de fibra. Grandes teles continuariam como concessionárias com
necessidade de devolver o espólio do sistema Telebrás em 2025 e ainda
renovar o acordo com o governo de tempos em tempos.
O pacote de investimentos tem custo inicial estimado na centena de
bilhões de reais e pode levar até uma década para se concluir.
Não é de hoje que o governo da presidente Dilma Rousseff trata a banda larga como fator importante de crescimento. O PNBL
(Programa Nacional de Banda Larga), iniciado há dois anos, atraiu os
provedores para a oferta de 1 Mb/s a algo próximo de 30 reais mensais. É
uma forma de estimular o setor. Entretanto, a velocidade é pequena. Net
Virtua, Oi e Vivo participam do programa. A GVT prefere não aderir ao PNBL.
Fonte: Tecnoblog
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