No esforço de reconstruir a Líbia, após a mudança política instaurada a partir da morte do então presidente Muammar Khadafi, em 2012, o governo busca se aproximar de vários países, inclusive do Brasil, para atrair investimentos. O ministro do Petróleo e Gás da Líbia, Abdulbari Al Arousi,
esteve no Brasil e pediu que a Petrobras amplie os investimentos e a
atuação no país. Antes da visita de Al Arousi, o vice-primeiro-ministro
da Líbia, Omar Abdulkarim, também esteve no Brasil.
Localizada no Norte da África, a Líbia detém grandes áreas
petrolíferas e é apontada como a sétima maior reserva do mundo e a maior
da África. O país está às margens do Mar Mediterrâneo, com 2 mil quilômetros de costa, o que para os empresários facilita ainda mais o comércio.
O embaixador do Brasil na Líbia, Afonso Carbonar, disse que há
interesse de vários setores da sociedade e do governo líbio em relação
aos investimentos no mercado brasileiro. Segundo ele, é fundamental que
“ambos se conheçam mais”. Em agosto, deverá ocorrer um seminário, no Rio
de Janeiro, sobre o tema.
Desde o reconhecimento do novo governo, em setembro de 2011, o Brasil
busca fortalecer as relações com a Líbia. O vice-primeiro-ministro
Omar Abdulkarim esteve no Brasil em abril de 2012 e indicou o interesse
em ampliar a cooperação entre os dois países. Em agosto de 2012, foi
reaberta a Embaixada do Brasil em Trípoli.
Na passagem pelo Brasil, Al Arousi disse que o governo líbio quer
atrair empresas brasileiras nas áreas de construção civil, engenharia,
energia e petróleo. O líbio se reuniu com os ministros Fernando Pimentel
(Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior) e Edison Lobão (Minas e
Energia).
Uma das propostas de Al Arousi é que a Petrobras desenvolva
uma parceria equilibrada e mutuamente lucrativa para explorar o petróleo
na Líbia. A ideia é usar a tecnologia da estatal em águas profundas
como suporte para a Líbia.
Para o embaixador brasileiro, as visitas de autoridades líbias ao
Brasil contribuem para “abrir oportunidades de colaboração entre os dois
países”. Na visita ao Brasil, Al Arousi disse que os líbios querem
aprender com os brasileiros a organização da Copa de 2014, pois em 2017 o
país concorrerá à sede da Copa Africana de Nações.
Na Líbia, tradicionalmente, várias empresas investem principalmente na área de infraestrutura, como a Odebrecht,
responsável pela construção do Aeroporto Internacional de Trípoli e do
terceiro anel viário da cidade, a Queiroz Galvão, com seis obras de
infraestrutura na região de Benghazi, e a Andrade Gutierrez, que
coordena obras de reurbanização em Trípoli.
Fonte: DN
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