A Força Aérea dos Estados Unidos defendeu nesta segunda-feira sua decisão de conceder à Embraer e sua sócia Sierra Nevada um contrato de US$ 428 milhões ara a entrega de 20 aviões de ataque leve, apesar de enfrentar protestos renovados da Beechcraft.
"Estamos confiantes que esta decisão é bem fundamentada e
que as propostas dos ofertantes foram total e justamente consideradas
dentro do critério de avaliação", disse o porta-voz da Força Aérea, Ed
Gulick, que não tinha nenhum comentário imediato sobre se seria emitida
uma ordem de paralisar as encomendas.
A Beechcraft, conhecida anteriormente como Hawker
Beechcraft, afirmou na sexta-feira passada que vai protestar contra a
decisão, que se seguiu após uma nova concorrência realizada no
ano passado.
A Embraer e a Sierra Nevada venceram um contrato inicial
de US$ 355 milhões em dezembro de 2011 para o fornecimento de aviões
Super Tucano a serem usados no Afeganistão, mas a licitação foi suspensa
após ser contestada pela Hawker Beechcraft.
O novo protesto é o capítulo mais recente de uma saga
sobre a aquisição de equipamento militar envolvida com política.
Representantes brasileiros expressaram desânimo no ano passado quando o
contrato original com a Embraer foi suspenso, e consequências políticas
do caso também surgiram na campanha eleitoral presidencial dos EUA.
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A Força Aérea americana desistiu de conceder o contrato
inicial à Sierra Nevada e Embraer depois que encontrou "deficiências no
processo de documentação que não poderia confirmar a adequação da
decisão anterior", disse Gulick.
Nesta segunda-feira, ele disse que o mais recente
contrato concedido à Sierra Nevada e Embraer envolveu um novo "time de
avaliação, conselheiros internos e externos e uma nova autoridade para
seleção".
Um órgão do governo americano que supervisiona compras
federais questionadas tem até 100 dias para decidir sobre o assunto. A
Beechcraft saiu de um processo de concordata no mês passado. A
fabricante disse em um comunicado que a decisão da Força Aérea coloca
1.400 empregos em risco no Estado do Kansas e outros locais nos EUA.
Na noite de sexta-feira, a Embraer e Sierra Nevada
disseram que sua oferta na competição dá garantia a manutenção de mais
de 1.400 empregos nos EUA e acrescentou que o Super Tucano será montado
em Jacksonville, na Flórida. A Sierra Nevada conta com 2.500
trabalhadores e a Embraer tem 1.200 funcionários nos EUA.
Fonte: Terra
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