A resposta sobre quem pagou pelo acesso direto da Agência Nacional de
Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) aos sistemas de
nove companhias, incluindo Google, Facebook, Microsoft e Yahoo, saiu na
última sexta (23): foram os contribuintes americanos.
E essa conta não ficou barata. A Corte do Ato de Monitoramento de
Inteligência Internacional dos Estados Unidos (FISA), encarregada de
monitorar os programas de vigilância da NSA, decretou em 2011 que a
agência violou o regulamento interno e a quarta emenda da constituição
norte-americana. Foi ordenado que as práticas de coleta de fluxo fossem
suspensas por 30 dias, ou até que os problemas sejam sanados.
“A coleta de fluxo acontece quando a NSA consegue acesso ao tráfego
de grandes empresas de telecomunicação e buscam por e-mails e palavras
específicas”, diz o ativista da Eletronic Frontier Foundation (EFF),
Parker Higgins.
A decisão do tribunal do FISA desencadeou um período prorrogações
sucessivas de 30 dias, e cada uma delas requer uma mudança nas empresas
que tecnologia que são legalmente obrigadas a dar à NSA acesso aos seus
sistemas. Essas extensões e as certificações dos programas de
monitoramento saíram a um certo preço, segundo a newsletter do fim de
2012 da NSA marcada como “top secret”, publicada na última semana pelo
jornal The Guardian e provavelmente fornecida pelo ex-agente de
inteligência Edward Snowden.
“Os problemas do ano passado resultaram um custo de milhões de
dólares para os provedores do Prism que tiveram que implementar as
prorrogações de validade dos certificados, esse débito foi coberto pela
Special Source Operations”, escrito na newsletter.
O Yahoo confirmou ao The Guardian que havia sido reembolsado por
custos relacionados às requisições do governo norte-americano. “A lei
federal requisita que o poder público reembolse as provedoras por custos
gerados por processos legais impostos pelo governo”, diz um porta-voz
da empresa. “Pedimos o reembolso baseados nessa lei”.
O Special Source Operations, descrita por Snowden como a “joia da
coroa” da NSA, administra os programas de monitoramento que envolvem
provedores de serviço, companhias de telecomunicações e parcerias entre
corporações com empresas que dão acesso direto aos seus dados.
Mas, de acordo com as regras tornadas públicas pelo Diretor de
Inteligência Nacional, James Clapper – nomeado pelo presidente Obama –, a
corte determinou que a agência havia quebrado a lei da FISA e a quarta
emenda milhares de vezes, devido às práticas de interceptação de dados. A
divulgação do documento foi feita em resposta à requisição de liberdade
de informação pela EFF.
Em um desses documentos abertos, o juiz da corte do FISA John Bates
diz que “o volume e a natureza das informações que a NSA coleta são
fundamentalmente diferentes daqueles que eles foram levados a
acreditar”. Além disso, ele diz que os procedimentos de minimização para
a captação dos dados de transações “tendem a maximizar a retenção de
informação que não é alvo, incluindo informações importantes sobre
pessoas que vivem no país, “logo, violando a quarta emenda”. De acordo
com o juiz, melhor do que renovar as certificações necessárias, ele
instruiu a agência a solucionar problemas específicos ou cessar a
vigilância.
Em uma carta publicada com a abertura das informações, Clapper
caracteriza esses problemas como envolvendo “razões altamente técnicas
relacionadas com o objetivo em que a coleta ocorreu” ao invés de
envolver questões de liberdades civis. Em particular, o problema ganhou
destaque com a captura de dados de MCT (Transações Multi-Comunicativas),
o que pode enviar múltiplas mensagens em apenas uma comunicação.
“Em companhias de larga escala, como as que possuem complexos e
operações sofisticadas, as violações podem e vão acontecer,” acusa
Clapper. Ele diz que após a decisão da corte, a NSA deletou todas as
comunicações de fluxo que haviam sido interceptadas de forma ilegal.
Clapper enfatiza, entretanto, que a agência reportar todos os erros
do tipo para a corte do FISA e para o Congresso. Isso inclui as
“deturpações involuntárias da forma como as coletas foram descritas ao
Tribunal FISA” que são resultado das “falhas do entendimento técnico”
entre grupos diferentes da NSA. E termina dizendo que parte da solução é
fazer não só mudanças técnicas, mas também de estrutura e
gerenciamento.
Do ITWEB
De acordo com o jornal britânico The Guardian, citando documentos
do ex-técnico terceirizado da inteligência estadunidense Edward Snowden,
a NSA gastou milhões de dólares, entregues às empresas mais importantes
do setor para que cumprissem com este programa de espionagem.
A NSA, revela o texto, teve acesso direto aos sistemas de gigantes da Internet, como Google, Yahoo!, Microsoft, Facebook, Apple, entre outras empresas do ramo.
De acordo com o artigo, "esse material é a primeira evidência de que existe uma relação financeira entre as empresas de tecnologia e a NSA".
Não obstante, as supostas empresas envolvidas neste caso negaram ter recebido dinheiro do governo estadunidense para realizar as tarefas de espionagem.
Em 6 de junho, Snowden filtrou documentos que revelaram um programa eletrônico de espionagem de Washington, chamado Prism, que permite à NSA acessar conversas privadas dos usuários no Facebook, no Google, no Skype e outros serviços online.
Os Estados Unidos não só se limitam a espionar seus cidadãos, mas também realizam essas atividades em todos os continentes. A revelação gerou uma profunda preocupação e ira mundial em relação à segurança nacional.
Até o momento, os governos de países como Argentina, Venezuela, Equador, Bolívia, Nicarágua, Uruguai, Colômbia e Brasil denunciaram esta prática escandalosa dos EUA. Diante da situação, o Brasil, a maior economia da América Latina, ameaça limitar seus vínculos com Washington.
Do: HispanTV - Via Vermelho
A NSA, revela o texto, teve acesso direto aos sistemas de gigantes da Internet, como Google, Yahoo!, Microsoft, Facebook, Apple, entre outras empresas do ramo.
De acordo com o artigo, "esse material é a primeira evidência de que existe uma relação financeira entre as empresas de tecnologia e a NSA".
Não obstante, as supostas empresas envolvidas neste caso negaram ter recebido dinheiro do governo estadunidense para realizar as tarefas de espionagem.
Em 6 de junho, Snowden filtrou documentos que revelaram um programa eletrônico de espionagem de Washington, chamado Prism, que permite à NSA acessar conversas privadas dos usuários no Facebook, no Google, no Skype e outros serviços online.
Os Estados Unidos não só se limitam a espionar seus cidadãos, mas também realizam essas atividades em todos os continentes. A revelação gerou uma profunda preocupação e ira mundial em relação à segurança nacional.
Até o momento, os governos de países como Argentina, Venezuela, Equador, Bolívia, Nicarágua, Uruguai, Colômbia e Brasil denunciaram esta prática escandalosa dos EUA. Diante da situação, o Brasil, a maior economia da América Latina, ameaça limitar seus vínculos com Washington.
Do: HispanTV - Via Vermelho
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