Para a Arábia Saudita este é o momento de adotar "uma
medida firme" frente ao regime sírio e apoiou neste domingo as
reivindicações dos opositores para que sejam tomadas "todas as medidas
disponíveis" para frear a agressão, segundo o ministro das Relações
Exteriores, Saud al-Faisal.
Faisal anunciou o apoio saudita a uma intervenção
militar internacional contra o regime sírio durante a cúpula da Liga
Árabe no Cairo, na qual o Egito rejeitou uma ação militar deste tipo sem
o amparo do Conselho de Segurança da ONU.
"Já não aceitamos um Conselho de Segurança da ONU
restrito pelo veto da Rússia e China", disse o saudita, sem fazer
referência explícita à intervenção militar anunciada ontem pelo
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Diante desta posição, o ministro egípcio de Relações
Exteriores, Nabil Fahmi, se opôs à operação estrangeira na Síria, "não
por defender o regime de Bashar al Assad, mas partindo dos princípios e
dos acordos internacionais".
"A única via é conseguir um acordo entre o regime e as
outras partes para uma transferência de poder que permita chegar à
democracia", disse Fahmi, que também condenou o uso de armas químicas em
Guta, na periferia de Damasco, e pediu que a punição fosse dada "a quem
as tiver empregado".
Após responsabilizar o regime pelo que sofre o povo
sírio, o egípcio lembrou que "hoje já é possível ver como o país se
transformou em um campo para os extremistas e a violência, o que afasta a
Síria da democracia e da liberdade".
Os países árabes estão divididos sobre apoiar ou não a
intervenção militar internacional anunciada ontem por Obama, que
primeiro buscará a autorização do Congresso americano, em recesso até
dia 9 de setembro.
Do Terra
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