A nova edição do Boeing 787 Dreamliner, chamada 787-9, fez seu voo inaugural nesta terça-feira (17). A criação do novo modelo foi anunciada no final de agosto. O avião deve ser mais rentável tanto para a Boeing como para os clientes.
A nova versão será cerca de 20 pés (6 metros) mais comprida que o
787-8. Com isso, poderá carregar 40 passageiros a mais e terá 500
quilômetros a mais de autonomia. Esses fatores fazem com que a Boeing
possa cobrar mais pelo avião e as companhias aéreas possam vender mais
assentos nos voos longos.
O Dreamliner sofreu uma série de problemas técnicos em janeiro e ficou cerca de três meses proibido de voar.
Logo após os incidentes em janeiro, a Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos chegou a emitir um alerta proibindo a decolagem dos Boeing 787 em operação ao redor do mundo.
Em abril, aprovou um novo projeto para a bateria da
aeronave. Após a troca das peças, os voos com o Dreamliner puderam ser
retomados. Em 27 de abril, a Ethiopian Airlines foi a primeira companhia
aérea a retomar os voos com o Dreamliner.
Em julho, a companhia aérea começou a operar com esse modelo de avião no Brasil, com voos três vezes por semana ligando São Paulo à capital etíope, Adis Abeba.
Histórico de falhas no modelo
O Boeing 787 Dreamliner protagonizou seis incidentes em menos de dez dias.
No dia 7 de janeiro, em Boston, um 787 da Japan Airlines (JAL) proveniente do Japão teve um princípio de incêndio em terra. No dia seguinte, outro voo da JAL que partia de Boston foi atrasado por um vazamento de combustível.
No dia 9 de janeiro, um voo da All Nippon Airways realizado por outro
Boeing 787 foi cancelado no país asiático por causa de um problema nos
freios.
No dia 11, também no Japão, dois incidentes aconteceram a bordo de dois Boeing 787 da ANA: um voo foi cancelado por causa de uma rachadura no vidro da cabine, e outro foi atrasado por causa do vazamento de óleo.
No último incidente, em 16 de janeiro, um 787 Dreamliner da ANA fez um pouso não programado no aeroporto de Takamatsu, no sul do Japão. Segundo a empresa, foi detectada fumaça na cabine, causada pela falha em uma bateria.
Modelo fez primeiro voo comercial em 2011
Reguladores dos EUA levantaram dúvidas sobre a confiabilidade do 787 em
longas rotas transoceânicas, publicou o jornal "Wall Street Journal".
O Dreamliner é o primeiro avião do mundo construído com compósitos de carbono e possui preço de tabela de US$ 207 milhões.
O modelo fez seu primeiro voo comercial no final de 2011, depois que
uma série de atrasos de produção deixou as entregas do modelo três anos
atrás do planejado. Até o final do ano passado, a Boeing vendeu 848
Dreamliners e entregou 49 unidades do modelo.
Do UOL
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