Um estudo de um instituto sueco divulgado anualmente coloca a Embraer
na 66ª posição de um ranking com as cem empresas que mais vendem armas e
serviços militares no mundo. A empresa brasileira aparece 18 posições à
frente do levantamento anterior.
Os dados, referentes a 2012, fazem parte do relatório do Instituto
Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em
inglês). As vendas de armas se referem a equipamentos militares e
serviços fornecidos para as Forças Armadas e ministérios da Defesa ao
redor do globo.
Segundo o instituto, a Embraer vendeu US$ 1 bilhão em armas e/ou serviços em 2012 – 17% do faturamento total da empresa de aviação no ano. Ela é a única companhia do América do Sul no ranking. Em 2011, o total de vendas foi de US$ 860 milhões.
Segundo o instituto, a Embraer vendeu US$ 1 bilhão em armas e/ou serviços em 2012 – 17% do faturamento total da empresa de aviação no ano. Ela é a única companhia do América do Sul no ranking. Em 2011, o total de vendas foi de US$ 860 milhões.
“Fora das regiões produtoras de armas tradicionais, um desenvolvimento
notável em 2012 foi o (...) da indústria de armas do Brasil, com um
aumento na venda de armas da Embraer em 36% em termos reais”, diz o
relatório.
Crescimento
A Embraer informa que em 2013 a participação da área de "Defesa & Segurança" deverá ficar próxima de 20% do faturamento total da empresa. Os dados devem ser divulgados oficialmente no fim do mês.
A Embraer informa que em 2013 a participação da área de "Defesa & Segurança" deverá ficar próxima de 20% do faturamento total da empresa. Os dados devem ser divulgados oficialmente no fim do mês.
"Este avanço no ranking do Sipri reflete o crescimento da área de
Defesa & Segurança da Embraer, tanto no mercado brasileiro como no
internacional. Alguns exemplos deste avanço estão na conquista de
importantes contratos como a venda de aviões de combate Super Tucano
para a Força Aérea dos Estados Unidos; o programa Labgene, que
desenvolverá um Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica para a
Marinha do Brasil; e a implantação da primeira fase do Sisfron (Sistema
de Monitoramento Integrado das Fronteiras) para o Exército Brasileiro",
informa a Embraer, por meio de nota.
A empresa diz ainda que, além de aeronaves militares, a área da defesa
oferece uma linha de soluções integradas que inclui sistemas de
informação e comunicação, centro de comando, controle, computação e
inteligência, tecnologias de ponta na produção de radares e
sensoriamento remoto e veículos aéreos não tripulados (os vants).
"Importante ressaltar que a linha de produtos da Embraer Defesa &
Segurança está voltada para os segmentos de mobilidade e monitoramento e
que a empresa não comercializa armamentos (munições, mísseis, foguetes,
granadas etc)", informa a nota, enviada ao G1.
Levantamento
No total, as cem empresas listadas somam US$ 395 bilhões em vendas de armas e serviços militares em 2012 – uma queda de 4% em relação a 2011.
Levantamento
No total, as cem empresas listadas somam US$ 395 bilhões em vendas de armas e serviços militares em 2012 – uma queda de 4% em relação a 2011.
Das cem companhias da lista, 42 são dos EUA. A primeira do ranking é a
Lockheed Martin (que tem 120 mil funcionários e cujas vendas atingem US$
36 bilhões). Na segunda posição está a Boeing (que conta com 174 mil
empregados e possui um faturamento de US$ 27,6 bilhões com armas
militares). Ambas são norte-americanas.
Alguns países, como Polônia e Ucrânia, aparecem pela primeira vez na lista, após uma consolidação rápida da indústria armamentista local. Já as empresas chinesas não são listadas no ranking por falta de divulgação de dados.
O relatório do Sipri lembra que a indústria mundial de armas tem sido associada a escândalos de corrupção e que muitas das empresas incluídas no top 100 têm sido alvo de investigações e até processos judiciais. “Nos países onde as medidas de austeridade resultaram numa diminuição das vendas domésticas, a pressão sobre essas empresas para garantir a exportação dos produtos por qualquer meio necessário aumentou”, diz o estudo.
Alguns países, como Polônia e Ucrânia, aparecem pela primeira vez na lista, após uma consolidação rápida da indústria armamentista local. Já as empresas chinesas não são listadas no ranking por falta de divulgação de dados.
O relatório do Sipri lembra que a indústria mundial de armas tem sido associada a escândalos de corrupção e que muitas das empresas incluídas no top 100 têm sido alvo de investigações e até processos judiciais. “Nos países onde as medidas de austeridade resultaram numa diminuição das vendas domésticas, a pressão sobre essas empresas para garantir a exportação dos produtos por qualquer meio necessário aumentou”, diz o estudo.
Do G1
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