Pela primeira vez, em aproximadamente 20 anos, uma aeronave de pesquisa
internacional foi autorizada pelo Governo Federal a entrar no espaço
aéreo brasileiro. Segundo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Amazonas (Fapeam), a aeronave Gulfstream ARM 1 será utilizada para
verificar o potencial de crescimento urbano em áreas ambientais,
especialmente na Amazônia.De propriedade do Departamento de Energia dos
Estados Unidos (DoE/EUA), o equipamento também servirá para analisar a
interação da floresta amazônica com a atmosfera.
Com um aporte financeiro de R$ 24 milhões da Fapeam, as pesquisas já
possuem base nos municípios de Manacapuru e Iranduba - a 61 e 27 km de
distância de Manaus,
respectivamente. Os estudos também serão realizados no Observatório com
Torre Alta da Amazônia (Projeto ATTO), nas proximidades da Reserva de
Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã; e em Manaus, nas
dependências do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
A Fazenda Exata abriga 15 contêineres-laboratórios com uma série de
equipamentos para medir, entre outros, propriedades da atmosfera,
formação e desenvolvimento das nuvens, fluxos de radiação solar e
atmosférica, além de variáveis meteorológicas como temperatura,
velocidade e direção do vento. Segundo a Fapeam, há ainda quatro torres
instrumentadas, duas em Uatumã, com pesquisas entre os Institutos
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Max Planck de Química
(MPIC/Alemanha), e duas no Bosque da Ciência, no Inpa, em uma parceria
entre o Inpa e a UEA.
Programação de voos
Ainda de acordo com o órgão, a aeronave - também conhecida como G-1 - deve realizar 75 horas de voo no entorno de Manaus durante a estação úmida. No dia 27 de março, o avião retorna para os Estados Unidos.
Ainda de acordo com o órgão, a aeronave - também conhecida como G-1 - deve realizar 75 horas de voo no entorno de Manaus durante a estação úmida. No dia 27 de março, o avião retorna para os Estados Unidos.
Após essa etapa, a aeronave retorna para Manaus nos meses de setembro e
outubro para realizar voos durante a seca. Para essa fase, está
prevista a vinda de outro avião, o High Altitude and Long Range Research
Aircraft (Halo), da Alemanhã. Nesse período, as aeronaves serão
equipadas para coletar dados de gases, aerossóis e medidas de nuvens, em
voos com duração de quatro a cinco horas.
Do G1
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