Os caças suecos Gripen mostraram ser melhores do que os franceses Rafale e do que os americanos F/A-18 Super Hornet. Esta foi a conclusão a que as autoridades do Brasil chegaram, tendo assinado um acordo de aquisição de 36 caças com o consórcio sueco Saab. O valor do contrato foi de 5,4 bilhões de dólares.
Além disso, o Brasil pediu à Suécia para construir para
a sua marinha a versão naval do Sea Gripen. Tenciona-se equipar com
eles o porta-aviões São Paulo. Mas a parte do negócio mais atraente para
o Brasil é o compromisso da Suécia de transmitir a tecnologia de
produção de caças.
Durante 10 anos, especialistas suecos
e brasileiros irão fabricar no território do Brasil aviões de guerra
modernos. A Argentina também está interessada nesse projeto. Segundo o
portal de informação Defence Aerospace, Agustin Rossi, ministro da
Defesa da Argentina, deu indicação de começar conversações com o Brasil
sobre a aquisição de 24 Gripen de montagem brasileira.
Peritos
da prestigiosa edição britânica Jane’s, que se especializa em temas
militares, consideram que, agora, os suecos podem dar início à luta pelo
mercado de armamentos da Índia. E tentarão convencer a direção militar
da Índia da superioridade dos seus Gripen em comparação com os franceses
Rafale.
A simplicidade e facilidade de manutenção dos
seus caças é o mais forte argumento dos suecos. Segundo dados de peritos
independentes, o avião sueco exige de 3 a 5 horas de trabalho de
manutenção por cada hora de voo. Isso significa que 6-10 técnicos
precisarão apenas de meia hora para preparar o caça para um novo voo.
Segundo esses indicadores, o Gripen fica significativamente à frente dos
seus concorrentes europeus. Por exemplo, depois de uma hora de voo, a
manutenção do francês Rafale exige 15 horas de trabalho. O americano
Lightening II quer 30-35. Em conformidade com os cálculos da Jane's, o
valor operacional do Gripen é de 4 700 dólares por hora, enquanto que o
do Rafale é de 15 mil dólares.
O modelo naval Sea Gripen
é também bastante atraente. O comando militar indiano planeia que o
porta-aviões INS Vikrant, que está a ser construído, terá, além dos
Mig-29 que já estão ao serviço da Marinha da Índia, caças leves de bordo
Naval Tejas. Mas os peritos duvidam que esses aviões estejam prontos
até 2018, quando o porta-aviões passar a fazer parte da Marinha de
Guerra do país. Por isso existe a probabilidade de, no lugar dos Tejas, a
Marinha indiana possa adquirir um análogo; o caça leve de bordo Gripen.
Segundo
o perito Manoj Joshi da Observer Research Foundation (ORF), “o melhor
para o projeto Tejas poderão ser os sistemas de bordo fabricados para o
Gripen. A guerra aérea moderna não são manobras com contato visual.
Hoje, tudo é decidido pela velocidade de tratamento de dados,
equipamentos de rede a bordo do avião, aparelhos e equipamentos na
cabine do piloto. Esta é precisamente a parte forte da Saab”.
Peritos
militares de muitos países do mundo têm essa opinião favorável sobre os
caças suecos. Em 2011, o governo da Suíça escolheu o Gripen,
preferindo-o ao francês Rafale e ao europeu Eurofighter Typhoon. Os
aviões Gripen equipam não só a Força Aérea da Suécia, mas também da
República Checa, Hungria, África do Sul e Tailândia. O mesmo acontece
com o Centro de Preparação de Pilotos de Caça do Reino Unido.
Fonte: A Voz da Rússia
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