Os navios varredores fabricados com base nas lanchas Flyvefisken 
(peixe-voador, em dinamarquês), ou Standard Flex 300, serão 
provavelmente atribuídos à principal base naval da Ucrânia em Odessa.
A particularidade dos navios do projeto Standard Flex 300 é seu 
esquema modular. O "peixe voador" já foi considerado bastante avançado e
 inovador. O esquema de módulos de substituição rápida (o processo de 
troca de blocos varia de 24 a 48 horas) permite o seu uso como navios de
 mísseis, artilharia, guerra antissubmarina, antimina ou de colocação de
 minas.
Cada módulo é um contêiner com um certo tipo de armas: pode ser uma 
peça de artilharia de 76 milímetros, um sistema de mísseis antiaéreos, 
lançadores de mísseis de cruzeiro Harpoon, tubos de torpedos de 533 mm, 
um radar de detecção de alvos de superfície ou aéreos ou uma estação de 
reconhecimento via rádio. Não foram divulgadas informações sobre a 
compra pela Ucrânia de módulos separados em conjunto com os navios, 
portanto é possível concluir que serão usados exclusivamente como 
caça-minas.
A frota dinamarquesa recebeu 14 lanchas desse tipo e aproximadamente 
cem módulos substituíveis no período de 1986 a 1996. No entanto, o 
design modular não se justificou. Os navios não eram usados como 
multiusos, mas com um conjunto fixo de equipamentos e armas.
O Flyvefisken foi retirado da frota dinamarquesa de 2010 a 2012. Três 
foram comprados na versão de navio-patrulha pela Lituânia e cinco por 
Portugal. Os caça-minas com equipamento antiminas, destinados à Marinha 
da Ucrânia, aguardam a conclusão da transação. Segundo os especialistas,
 é pouco provável que a compra de três navios de segunda mão de pequena 
tonelagem corrija o estado deplorável em que se encontra a Marinha 
ucraniana e incremente seu poder de ataque.
Problemas com entrega
Segundo o especialista militar Aleksei Leonkov, esse acordo é mais benéfico para os próprios dinamarqueses.
"Eles não precisam mais desses navios. Hoje, a 
Marinha Real tem navios-patrulha oceânicos modernos, fragatas e navios 
de comando e apoio capazes de resolver tarefas conjuntas dentro da frota
 da OTAN", comenta Leonkov.
Ele acrescentou que "os benefícios são óbvios também do ponto de 
vista de que os navios não precisam ser cortados para sucata – isso 
custa dinheiro, só que, entretanto, surgiu este negócio".
Além disso, o analista acredita que a Ucrânia provavelmente enfrentará problemas com o transporte das embarcações adquiridas.
"É preciso fazer uma viagem da Dinamarca até Gibraltar, passar por todo o
 mar Mediterrâneo e pelo Bósforo. É um percurso longo, os navios devem 
ser escoltados e reabastecidos – a logística custa muito dinheiro. Não 
lhes [os navios] será permitido entrar no mar de Azov […] Um Flyvefisken
 pesa 320 toneladas e é improvável que sejam transportados por terra", 
enfatiza.
Provavelmente, o destino dos "novos" navios será navegar pelo mar 
Negro e assustar com sua aparência os moradores mal informados. Eles 
servem perfeitamente para simularem uma capacidade de combate da Marinha
 ucraniana, mas não serão úteis para se oporem à Rússia (os políticos 
ucranianos anunciaram repetidamente essa intenção).
Frota de mosquitos
Nos últimos anos, a Ucrânia vem apostando no equipamento da Marinha 
principalmente com lanchas pequenas. O comando da Marinha não espera 
mais alcançar a paridade militar com a Rússia nos mares Negro e de Azov,
 mas acredita que o país precisa de um a frota pequena, mas eficiente. 
Além disso, Kiev planeja criar uma base naval no mar de Azov até o final
 de 2018. Este é, aparentemente, um dos pontos da nova estratégia de 
desenvolvimento da Marinha ucraniana até 2035 que está sendo 
desenvolvida com a participação ativa de especialistas estrangeiros.
Supõe-se que as pequenas lanchas da Marinha da Ucrânia usem a tática 
da "matilha de lobos" desenvolvida pelos submarinistas da Alemanha 
nazista durante a 2ª Guerra Mundial. Os marinheiros ucranianos esperam 
atacar simultaneamente com várias lanchas blindadas leves um grande 
navio inimigo. Segundo a sua teoria, uma fragata ou um cruzador de 
mísseis não pode acompanhar vários alvos de uma só vez e não terá tempo 
de atingir com seu fogo todas as unidades de combate da chamada frota de
 mosquitos, que estará se dirigindo rapidamente para o alvo.
Calcula-se que uma ou duas lanchas serão capazes de se aproximarem à 
distância de tiro e disparar contra o navio inimigo com uma salva 
precisa de torpedos ou mísseis. Ao mesmo tempo, os militares da Marinha 
da Ucrânia declaram abertamente que essas táticas são dirigidas 
exclusivamente contra os navios de guerra da Frota do Mar Negro da 
Rússia.
Do SPUTNIK 
 
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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