Dassault disse que o problema do Rafale, que seria o melhor caça do mundo, é seu preço ser em euro. No mercado internacional, os caças são muito mais caros do que outros aviões, vendidos em dólar, dificultanto a concorrência com ingleses e americanos. Sobre as negociações com o Brasil para a compra de 36 caças para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB), Serge Dassault reconheceu que elas são "difíceis", mas disse esperar que a venda seja concretizada. O Brasil está avaliando as propostas da Dassault, da americana Boeing - que produz os F-18 -, e da suíça Saab, fabricante do Gripen. Na semana passada, durante um encontro com o secretário de Tesouro norte-americano, Thimoty Geithner, a presidente Dilma Rousseff teria demonstrado preferência pelos F-18, em mais uma capítulo da novela em que se transformou a escolha brasileira. Segundo a agência Reuteurs, Dilma teria indicado que a transferência de tecnologias para o Brasil será um fator decisivo. O processo para a aquisição dos caças emperrou novamente depois que o governo Lula decidiu adiar a decisão. O ex-presidente brasileiro, que chegou a expressar pubicamente a preferência pelos Rafale, anunciou no final do ano passado que iria deixar a tarefa de optar entre os três para Dilma. A nova presidente do Brasil disse que vai rever todo o processo e não teria, até o momento, nenhuma preferência. Mas nos bastidores, há rumores de que aspectos diplomáticos poderiam pesar na decisão, já que Dilma tem dado sinais de que quer melhorar as relações com os Estados Unidos, que se deterioram nos últimos anos do governo Lula.