O general norte-americano Norton Schwartz afirmou neste fim de semana em declarações à imprensa, que a Rússia estaria pisando a «linha vermelha», se tomasse a decisão de iniciar operações com bombardeiros de longo alcance, voando desde o norte da Europa até à ilha de Cuba.
A possibilidade de a Rússia iniciar este tipo de voo, foi noticiada na imprensa russa, e é considerada como uma das possibilidades analisadas pelos militares russos, como resposta à instalação nas proximidades das fronteiras da Rússia de um sistema de defesa anti-missil [1] norte-americano.
Embora as informações sejam difusas, poderia segundo a imprensa russa, estar em estudo ou a utilização de Cuba como base para bombardeiros russos fazerem escala, ou então a utilização da ilha como base permanente para bombardeiros que podem transportar armas nucleares.
As informações não são oficiais nem foram confirmadas, no entanto não deixaram de ser comentadas pelo oficial norte-americano que se espera venha a ser o próximo responsável máximo da Força aérea dos Estados Unidos
Cuba e a Rússia foram aliados a partir do momento em que Fidel Castro chegou ao poder em Cuba. Fidel autorizou a colocação de mísseis nucleares na ilha, despoletando aquela que foi a mais grave crise entre Estados Unidos e União Soviética em 1962, que ficou conhecida como «crise dos mísseis de Cuba», período durante o qual o mundo esteve virtualmente à beira da guerra nuclear.
Historiadores que investigaram os arquivos soviéticos descobriram por exemplo, que Fidel Castro pediu textualmente à União Soviética que iniciasse um imediato ataque nuclear contra os Estados Unidos.
Também se ficou a saber muitos anos depois, que a destruição da esquadra norte-americana esteve para acontecer, quando um submarino soviético armado com torpedos com ogiva nuclear perdeu o contacto com a União Soviética durante dias e o seu comandante considerou a possibilidade de atacar a esquadra norte-americana.
As relações entre russo e cubanos, sempre foram amistosas exteriormente, mas tensas entre as altas esferas do poder. Fidel Castro, visto como um revolucionário estranho esquisito e incompreensível era considerado perigoso por muitos escalões do poder em Moscovo, periculosidade essa, aumentada pela sua retórica.
Com o colapso da União Soviética, Cuba sofreu gravemente. A economia cubana, dependente da URSS não aguentou o choque e a solução encontrada, foi recorrer àquela que era a principal fonte de divisas de Cuba durante o tempo do ditador Fulgêncio Batista: O turismo sexual.
O isolamento de Cuba tem no entanto vindo a ser quebrado, embora a saída de Castro do poder não tenha levado a grandes aberturas por parte do regime. O país também tem sido ajudado pela Venezuela de Hugo Chavez, e neste final de semana, o presidente Venezuelano em viagem à Rússia, terá enviado ao presidente russo «felicitações e cumprimentos» da parte de Fidel Castro.
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