Segundo a Bloomberg, a construtora aeronáutica sueca Saab teria declarado que estava pronta a colocar no Brasil um centro de construção para o Saab Gripen, um dos finalistas do F-X2. Ou seja, não seria apenas um centro de montagem, subcontratado a uma empresa brasileira, como a Embraer, mas uma unidade de construção própria. Esta decisão da Saab demonstra o elevado grau de empenho que os suecos estão a colocar neste concurso e ainda que a prazo possa representar para as empresas brasileiras que esperavam receber contratos de montagem de aparelhos, representa para o Brasil uma oportunidade notável e coloca – confirmando-se – o Saab Gripen NG como o provável vencedor do F-X2.
A construtora sueca estaria pronta a transferir até 50% de toda a produção futura do Gripen para o Brasil, expandindo e reforçando ainda mais a possibilidade de vencer, já que o aparelho (ao contrário do seu adversário Dassault Rafale) tem demonstrado uma apetência exportadora notável. Este movimento dos suecos, é uma resposta direta à atitude agressiva da Boeing norte-americana que ofereceu à Embraer o trabalho final de montagem dos aviões a partir de kits fabricados nos EUA. A opção sueca, é do ponto de vista industrial, de Emprego e de transferência de know-how muito mais interessante, ainda que essa possa não ser a opinião da Embraer…
Sabe-se que nos começos de agosto deste ano, a Força Aérea Brasileira estará entregando a sua recomendação entre os três finalistas (Super Hornet, Rafale e Gripen) ao ministro da Defesa que deixará a decisão final ao presidente Lula da Silva.
A Saab parece disposta a transferir mais tecnologia para o Brasil do que qualquer outro dos concorrentes, o seu avião é o mais económico dos três e oferece custos de manutenção inferiores (em 1/3 do Super Hornet, alega a Saab). É certo que ainda que tenham exportado já mais de 40 aparelhos, a Saabprecisa de aumentar este número para continuar a desenvolver a plataforma até ao NG, aumentando as possibilidade do tipo de avião ser exportado para o mercado sul-americano, onde o Brasil é muito influente e onde existem vários países que estão a procurar renovar os seus meios.
Assim, estabelecendo fábricas no Brasil, a Saab poderia mais facilmente exportar para países como a Argentna, o Equador, o Peru, a Colômbia ou até o México. O modelo de contrução partilhada entre a Suécia e o Brasil não é novo… Sendo uma variante da oferta idêntica dada aos indianos (via Hindustan Aeronautics Ltd) para a construção de Gripens localmente, para reforçar as hipóteses de vitória da Saab no concurso local para até 300 caças.
Empresa brasileira fará partes do Gripen
Akaer será responsável pelas asas e grande parte da fuselagem do novo caça sueco
Akaer será responsável pelas asas e grande parte da fuselagem do novo caça sueco
Fonte: AirWay
O Brasil ainda não produz nenhum caça de 5ª geração, mas está quase lá. E não se trata de um projeto da Embraer. A Akaer, fornecedora de estruturas também situada em São José dos Campos, SP, foi escolhida para desenvolver e produzir grande parte da estrutura do novo caça sueco Gripen NG, da Saab.
Graças à sua experiência em materiais compostas, a empresa brasileira ganhou o contrato de produção da parte central e traseira da fuselagem e das asas do aparelho. O trabalho não chega a ser surpresa já que a Akaer fornece 70% da fuselagem da família E-Jet, da Embraer, além de participar do novo 747-8, da Boeing.
A parceria com a Saab não significa um favoritismo do Gripen NG na concorrência FX-2, na qual o caça está entre os finalistas.
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