Força Aérea Brasileira doa caça para museu da Tam

Fonte: PANROTAS

O presidente do Museu Tam, João Francisco Amaro, recebeu da Força Aérea Brasileira (Fab) a doação de um caça modelo Mirage, no último sábado (dia 15), em Anápolis (GO). A aeronave foi o primeiro caça da Fab a romper a barreira do som no Brasil, há mais de trinta anos.

Com a reabertura operacional do museu, programada para janeiro, o avião estará entre as mais de 80 peças expostas. O espaço passa por reformas desde julho do ano passado para expandir a antiga área construída coberta, de 9,5 mil m², para mais de 20 mil m².

“Este Mirage está pintado com o nome do nosso querido Ayrton Senna, que teve a oportunidade de voar nele como passageiro, e assim será preservado no Museu. O capacete usado por Senna no voo também será gentilmente doado pelo Instituto Ayrton Senna”, explicou João Amaro.






Avião-caça Mirage III D, usado na experiência de Ayrton Senna. Senna voou de Mirage III D em Anápolis Goiás e o piloto que o conduziu foi o Coronel Alberto Côrtez.


Experiência do Senna em um avião caça F-5 em 1987.

AYRTON SENNA NO AVIÃO - CAÇA F-5 TIGER II

Fonte: Paddock Formula 1 - Com modificações by Vinna

Era mês de março de 1987, quando Ayrton experimentou uma aventura que nunca chegou a uma mesma velocidade de um F-1. Ayrton embarcou juntamente com o piloto Silvio Potengi hoje coronel, em um avião-caça F-5B Tiger II da Força Aérea Brasileira (FAB), nos céus do Rio de Janeiro, a duas semanas do GP Brasil em Jacarepaguá, em uma emoção eletrizante.

Foto: Avião-caça Mirage III D, usado na experiência de Ayrton Senna. Senna voou de Mirage III D em Anápolis Goiás e o piloto que o conduziu foi o Coronel Alberto Côrtez.

No meio de cada movimento, Ayrton via pequenas bolinhas e perdia os sentidos por alguns segundos, no cockpit da frente, e Potengi no de trás indicado para os caronas.Foram quatro vezes. Potengi achou o suficiente e o avisou que poderia desmaiar, mas ele queria mais.

Foram loopings!!!! Já tinham feito um belo rasante na grande reta do autódromo de Jacarepaguá e ultrapassado a barreira do som a 1165 km/h, a uma distância segura para que não quebrasse os vidros das janelas da cidade. Não houve mais loopings, mas Potengi pediu permissão de Senna para mais manobras radicais. E o fez. Depois de um grande mergulho,seguido de um rasante que deixou o avião a poucos metros do mar, na região de Ubatuba, voando rente as ondas em direção ao continente, Potengi fez um movimento brusco de 180 graus.

De cabeça para baixo, tendo a água como sua única visão muito próxima ao cockpit. Sentiu algo que não esperava : Pânico.Desembarcaram daquele caça, em uma experiência de 40 minutos. Senna estava pálido e meio tonto, mas muito feliz principalmente tomado por um sentimento patriota:“Se todos os brasileiros pudessem experimentar o que senti, talvez tivessem mais amor a Pátria”.Essa frase foi estampada em todos os jornais e todas as revistas, o que aparentemente parecia um jogo de marketing.Provou anos depois, que foi o início de uma grande amizade leal e freqüente dos pilotos oficias da FAB, a ponto de , nos anos seguintes, pousar algumas vezes seu helicóptero na Base Aérea da Santa Cruz, e passar dias inteiros com eles, falando sobre aviões e aeromodelismo.

Senna também mandava vários presentes de forma discreta, um deles foi uma moderna tenda semelhante às usadas na F-1, para substituir um velho palanque de madeira que era usado em solenidades.Ayrton usou um adesivo com o símbolo do 1º Grupo de Aviação de Caça de Santa Cruz no lado esquerdo do capacete durante o GP Brasil daquele ano. E deu por encerradas as experiências supersônicas, mesmo quando anos depois, o piloto de seu jato particular , Owen O’Mahony, com ótimas relações na Royal Air Force, se ofereceu para conseguir para ele, a experiência de voar num dos jatos da Red Arrows, a famosa esquadrilha inglesa.