Temos um novo ministro da Defesa. Os primeiros ministros da Defesa não foram, exatamente, talhados para a missão. Tanto que, em algum momento, o apaziguador e calmo então vice-presidente José Alencar ocupou o cargo, quase que simbolicamente. Por isso a expectativa com Celso Amorim. Para ele, a atual defesa brasileira está aquém do papel que o Brasil ocupa no cenário internacional. Foi elegante e correto quando afirmou que “a realidade de uma política pública complexa e multifacetada como a Defesa não oferece espaço para a pretensão”. E completou: “Identifico nos militares valores dignos de admiração: patriotismo, abnegação, zelo pela coletividade, respeito à hierarquia e à disciplina”. O fato é que há mesmo um descompasso entre a importância do Brasil internacionalmente, os soldos defasados e no sucateamento de instrumentos e máquinas das Forças Armadas”. Ele prometeu, como o seu antecessor, Nelson Jobim, a ampliação da autonomia tecnológica de nossas Forças Armadas. Como começamos a fabricar submarinos convencionais e, depois, teremos um movido a energia nuclear, haverá maior proteção da nossa fronteira azul, a marítima. Nelson Jobim ganhou prestígio com os comandantes da Marinha, Exército e da Aeronáutica quando elaborou, junto com o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, a Estratégia Nacional de Defesa. Aprovada em dezembro de 2008 na forma de decreto presidencial, ela estabelece ações de médio e longo prazo com o objetivo de modernizar a estrutura nacional de defesa por meio da reorganização das Forças Armadas, da reestruturação da indústria nacional de material de defesa e de uma nova filosofia de emprego das Forças Armadas. A iniciativa sofreu forte impacto devido ao corte no orçamento de 2011. O contingenciamento de mais de R$ 4 bilhões, ou 26,5% do orçamento da Defesa, comprometeu o reaparelhamento das Forças Armadas. As guerras, historicamente – e sem fazer qualquer apologia de conflitos armados, nem hoje nem nunca – trouxeram avanços tecnológicos para a humanidade. Muito do que é produzido para aeronaves, belonaves e veículos blindados acaba sendo transferido, nos Estados Unidos, por exemplo, para as indústrias particulares que aplicam nos seus produtos civis. Nesta quarta-feira, a China lançou ao mar seu primeiro porta-aviões, um modelo antigo, adquirido da Rússia. Entre nós, o caso mais emblemático e de sucesso é a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), para fabricar o avião Bandeirante. Hoje é a terceira maior indústria aeronáutica do mundo para aeronaves de curto e médio alcance e, inclusive, vende muito os Super Tucanos, de combate ao solo e treinamento básico de pilotos.
Agora, a empresa Iveco anunciou a criação de uma nova unidade em Sete Lagoas, na região central de Minas Gerais, para veículos de defesa. A instalação faz parte de um plano de investimentos de R$ 570 milhões no Brasil, iniciado em 2007. Produzirá 2.044 unidades do Veículo Blindado de Transporte de Pessoal (VBTP), batizado pelo Exército de Guarani. A produção de blindados no Brasil tem importância na questão da defesa nacional, uma vez que também em Minas funciona a fábrica da Helibrás, que produz helicópteros para as forças armadas brasileiras.
Fonte: Jornal do Comércio
2 Comentários
Se o BANDEIRANTE (tenho nojo desse nome, mas o avião é EXCELENTE) existisse seria um fracasso???
A EMBRAER fabrica ou só MONTA aviões em NO$$A$ terra$????
Como TRÊS Super Tucanos podem custar o preço de DOIS caças leves?? E, como um Super Tucano pode CUSTAR tão CARO para nós?????
A IVECO é ITALIANA??? Quando fizemos bons negócios com ITALIANOS???
Os gringos usam NO$$A$ terra$, NO$$A energia e NO$$A água, poluem NO$$O meio ambiente, pagam baixos salários e, nos VENDEM pelo PREÇO que QUEREM... Isso é um bom negócio???
Desde quando essa parceria com a HELIBRAX do Aético Never é uma boa???