O recuo do governo brasileiro, reduzindo o tom da “indignação”
com a espionagem que vitimou a própria presidenta Dilma, pode ter sido
para “ganhar
tempo”, por motivos ainda desconhecidos, ou para, de forma
subserviente, “dar tempo” para que o governo dos Estados Unidos construa
uma “boa desculpa” para a espionagem ilegal.
O recuo do governo brasileiro coincide também com a reunião dos países do G-20, em Moscou,
para onde a presidenta Dilma embarcou na noite desta segunda-feira.
Diplomatas acharam curioso esse comportamento, na medida que é Obama,
chefe do governo que a espionou, quem deveria se constranger ao
encontrar a chefe do governo brasileiro, e não o contrário.
Os ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luiz Alberto Figueiredo Machado (Relações Exteriores) afirmaram nesta segunda-feira, em coletiva, que o governo ficou “irritado” com o fato de Dilma ser alvo da espionagem dos Estados Unidos.
Apesar da gravidade da atitude americana e da reação pífia de Brasília, Cardozo chamou de “firme” e “direta” a posição brasileira, ao cobrar “esclarecimentos formais” do governo americano, “por escrito”, como se isso fizesse alguma diferença.
Explicações verbais, já oferecidas pelo embaixador americano Thomas Shannon, têm o mesmo valor formal, no mundo diplomático, até porque cada palavra nessas reuniões são anotadas e transcritas em relatórios ou telegramas à autoridade principal – no caso, a presidenta da República.
Durante a coletiva dos dois ministros ficou claro que o Brasil optou pelo palavrório, sem qualquer medida concreta, que mostrasse com ênfase a indignação do governo. Como o cancelamento da visita de Estado da presidenta Dilma a Washington, a partir de 23 de outubro, ou a convocação do embaixador brasileiro na capital americana, Mauro Vieira, para “consultas” – uma das reações mais duras, no mundo diplomático.
Cardozo disse que a espionagem para levar vantagem em acordos comerciais é mais que uma “afronta” à soberania nacional. Apesar da eloquência dessas palavras, evitou mencionar a possibilidade de reação brasileira à altura, como o cancelamento da viagem de Estado da presidenta Dilma, prevista para 23 de outubro, “Eu cheguei dos EUA na sexta (30), posso garantir que o tom da conversa foi firme com os representantes do governo dos EUA e fomos surpreendidos no domingo”, disse o ministro da Justiça.
Figueiredo afirmou que todas as vias diplomáticas para cobrar explicações com relação ao ocorrido foram utilizadas. “Cobramos explicações por escrito”, disse. Ao ser questionado sobre as possíveis medidas a serem adotadas, o ministro afirmou que as ações “dependerão das respostas” dadas pelos americanos.
Depois da demonstração de subserviência brasileira frente à afirmação do secretário de Estado, John Kerry, de que os EUA continuarão espionando o País, a atitude dos ministros e da própria presidenta, que foi uma das espionadas, já era de se esperar.
Os ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luiz Alberto Figueiredo Machado (Relações Exteriores) afirmaram nesta segunda-feira, em coletiva, que o governo ficou “irritado” com o fato de Dilma ser alvo da espionagem dos Estados Unidos.
Apesar da gravidade da atitude americana e da reação pífia de Brasília, Cardozo chamou de “firme” e “direta” a posição brasileira, ao cobrar “esclarecimentos formais” do governo americano, “por escrito”, como se isso fizesse alguma diferença.
Explicações verbais, já oferecidas pelo embaixador americano Thomas Shannon, têm o mesmo valor formal, no mundo diplomático, até porque cada palavra nessas reuniões são anotadas e transcritas em relatórios ou telegramas à autoridade principal – no caso, a presidenta da República.
Durante a coletiva dos dois ministros ficou claro que o Brasil optou pelo palavrório, sem qualquer medida concreta, que mostrasse com ênfase a indignação do governo. Como o cancelamento da visita de Estado da presidenta Dilma a Washington, a partir de 23 de outubro, ou a convocação do embaixador brasileiro na capital americana, Mauro Vieira, para “consultas” – uma das reações mais duras, no mundo diplomático.
Cardozo disse que a espionagem para levar vantagem em acordos comerciais é mais que uma “afronta” à soberania nacional. Apesar da eloquência dessas palavras, evitou mencionar a possibilidade de reação brasileira à altura, como o cancelamento da viagem de Estado da presidenta Dilma, prevista para 23 de outubro, “Eu cheguei dos EUA na sexta (30), posso garantir que o tom da conversa foi firme com os representantes do governo dos EUA e fomos surpreendidos no domingo”, disse o ministro da Justiça.
Figueiredo afirmou que todas as vias diplomáticas para cobrar explicações com relação ao ocorrido foram utilizadas. “Cobramos explicações por escrito”, disse. Ao ser questionado sobre as possíveis medidas a serem adotadas, o ministro afirmou que as ações “dependerão das respostas” dadas pelos americanos.
Depois da demonstração de subserviência brasileira frente à afirmação do secretário de Estado, John Kerry, de que os EUA continuarão espionando o País, a atitude dos ministros e da própria presidenta, que foi uma das espionadas, já era de se esperar.
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