Rafale
- Combateu no Afeganistão
- Autonomia: 1.850 km
- O Maior custo de manutenção
- Preço: 262 milhões de reais a unidade

Rafale: O Brasil ou nada
Franceses tentam tudo para vender o Rafale
ÁREA MILITAR

Com a aproximação da data da decisão final sobre a escolha de uma aeronave para substituir os caças Mirage-2000 ao serviço na FAB, os fabricantes avançam os seus últimos lances, as suas últimas jogadas de «última hora» e as últimas pressões sobre políticos, governantes e mesmo militares.
Entre os concorrentes, aquele que tem se mostrado mais ativo na sua tentativa de vender o seu avião para a FAB é a francesa Dassault, que propõe fornecer o caça Rafale.

Desde 2008, que com o acumular de fracassos por parte da França, o governo do país criou uma comissão especializada, que funciona no próprio palácio do Eliseu, a residência oficial do presidente, que se destina a estudar caso a caso as propostas para a venda de equipamentos militares franceses, especialmente a aeronave da Dassault.

Os franceses estão seguros de uma das razões da falta de sucesso na venda do Rafale não é a qualidade ou a sofisticação do aparelho, mas acima de tudo a capacidade que os concorrentes, especialmente os norte-americanos, tiveram para conseguir, às vezes no último minuto, que a encomenda fosse para os americanos ou para a concorrente europeia EADS.

Especialistas franceses na área da aviação afirmam mesmo que existe um boicote intencional por parte dos americanos contra as empresas francesas com a Dassault à cabeça, com o objectivo de «matar» a concorrência francesa.
O Rafale foi proposto a países tão diferentes quanto Marrocos, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Singapura e Holanda e em todos os casos a Dassault acabou perdendo. As relações entre a França e os Estados Unidos, durante a administração de Jacques Chiraq aumentaram a concorrência.

No total as encomendas perdidas somam o equivalente a 25 bilhões de Euros.
O investimento francês no Rafale já atingiu 28 bilhões de Euros e a exportação é vista como a única hipótese para evitar que o Rafale se transforme numa catástrofe financeira.

É neste ambiente de «dar tudo por tudo» que os franceses têm vivido nos últimos tempos em constantes negociações, propostas e contra-propostas que têm como objetivo não deixar nunca de pressionar, para que a Dassault não colecione mais uma derrota mesmo na fase final da «batalha».
Ainda nas últimas semanas, e seguindo as instruções da comissão reunida no palácio do Eliseu, um grupo de deputados brasileiros foi convidado a visitar a fábrica da Dassault durante uma visita à França.

Porque a comissão francesa - que funciona como um «gabinete de crise» - considera que a razão das derrotas da Dassault foi resultado da falta de pressão política, chegou-se a temer que a dose tenha sido demasiada.
Como resultado da pressão e dos agrados ao ministro Nelson Jobim, a imprensa brasileira tem afirmado claramente nos últimos dias que o ministro brasileiro da defesa, já está convencido, tendo por isso o caça francês sido dado como vencedor antecipado.

Mas os franceses não ficaram por aí, e durante as negociações têm pressionado e tentado estabelecer ligações e dar contrapartidas nos negócios que estão sendo negociados entro o Brasil e a França na área naval.
A França fará tudo o que for possível e impossível para garantir que vai pela primeira vez vender o Rafale.

As negociações têm sido complexas e o páreo muito duro. A SAAB sueca não deixa de ter um produto de qualidade ainda que para alguns demasiado pequeno para as necessidades brasileiras e a Boeing, que apresenta ao Brasil o seu caça F/A-18 também tem apresentado facilidades que não eram usuais aos fabricantes americanos.
Neste último caso porém, a tradicional desconfiança para com os Estados Unidos continua a ser um problema que os franceses não deixam de apresentar como argumento para defender o Rafale.

Os preços que têm vazado para a imprensa (nenhum deles confirmado naturalmente) também mostram algo que não é favorável para o Rafale. O caça francês é de longe o mais caro de todos e a sua superioridade tecnológica não justifica a diferença. Não se conhecem dados claros, mas se forem confirmados, isso poderá querer dizer que a versão do Rafale apresentada ao Brasil, é mais sofisticada que aquela que está presentemente ao serviço na França. Se não for, os franceses tiveram que oferecer qualquer coisa mais para justificar a aquisição.

O jornal brasileiro Folha de São Paulo, afirmou nas últimas horas que a FAB (força aérea brasileira) não apontaria nenhum dos três caças concorrentes como vencedor, o que pode indicar que os militares se pretendem distanciar das possíveis negociações paralelas entre os governos de Paris e de Brasília sobre as várias aquisições que estão presentemente em negociação.
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