Super Hornet F-18
Fabricante Boeing (EUA)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (GE 414)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: É o mais testado. Foi muito usado no Afeganistão, Bosnia e Iraque e está sendo produzido em larga escala, a fabricante garante abrir mercado americano exatamente no momento em que a USAF re-lança requerimento para comprar 100 aeronaves similares ao Super Tucano.
Ponto fraco: Há poucas chances de o Brasil aperfeiçoar a tecnologia, pois o modelo já está consolidado.
Estados Unidos acenam à Embraer em lobby pró-Boeing CLAUDIA ANTUNES da Folha de S.Paulo, no Rio
Depois do mal entendido do fim de semana, o governo dos Estados Unidos redobrou sua campanha em favor do F-18 da Boeing na concorrência para a escolha do novo caça da FAB. Uma das armas dos americanos é a disputa aberta por sua Aeronáutica, em julho, para a compra de cem caças leves, aviões de combate para guerras não convencionais, como a travada no Afeganistão. Embraer foi uma das empresas que responderam ao chamado RFI (pedido de informação, em inglês), primeiro passo do processo que só será oficializado com a publicação do RFP (pedido de proposta). O caça da Embraer que poderia entrar na concorrência, caso a empresa assim o decida, seria o Super Tucano. O avião tem componentes americanos e a Embraer está construindo uma fábrica de jatos civis na Flórida, o que pode ajudá-la a contornar a cláusula "Buy American", que favorece a indústria nacional em compras públicas. Não há nenhuma ligação direta entre o pacote da Boeing para vender o F-18 e a disputa dos caças leves nos EUA. Mas os americanos acenam para parceria a longo prazo e dizem que sua concorrência está em estágio mais adiantado do que a intenção anunciada pela França de comprar de 10 a 15 cargueiros KC-390 da Embraer. Especialistas em indústria de armas ouvidos pela Folha dizem que não há garantia para a Embraer nos dois casos. "O que você tem hoje são lobbies --não no sentido negativo usado no Brasil--, em que concorrentes tentam moldar a percepção pública sobre sua oferta", diz Salvador Raza, professor da Universidade Nacional de Defesa dos EUA e diretor do Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança. No caso da Força Aérea dos EUA, há dificuldade de entrada de empresas estrangeiras no mercado militar no país. No ano passado, a europeia EADS venceu a Boeing em disputa para fornecer aviões-tanque à Aeronáutica. Mas a concorrência foi cancelada após protestos de congressistas. Como parceira da americana Lockheed, a Embraer venceu concorrência para desenvolver um sistema de vigilância para campos de batalha, mas o projeto foi suspenso. Hoje, negocia a venda de quatro Super Tucanos à Marinha dos EUA. No caso dos cargueiros KC-390, a intenção de compra anunciada pela França passará por ao menos dois obstáculos. Em primeiro lugar, o avião, encomendado pela FAB, está em fase de projeto, e depende de parceria com o governo brasileiro. Depois, na França, ele enfrentará a concorrência de um cargueiro da Airbus, o A400M.

NOTA: Eu pessoalmente tenho minha preferência pessoal no FX-2 pelo F-18 por conta do preço de aquisição, custo de manutenção e experiencia de combate.

Mas como bem disse o O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia os "Antecedentes de negócios com os EUA são ruins". O problema é que se incluirmos no KC-390 um parafuso que advenha dos americanos eles vão vetar a venda como fizeram com os L-159 vetados a Bolivia e os AMX e Super Tucanos oferecidos a Venezuela. E isso é feito até com Israel que recentemente foi forçada a sair da parceria que mantinha com a SAAB na licitação do FX da India.

Eles até "ofrecem" a "possibilidade" de venda do Super Tucano a USAF/US Navy e ainda desqualificam a proposta da França dizendo que a Licitação deles esta mais avançada que a ideia da França de adquirir o KC-390. Sem observar que a compra da França do aviões de carga seria uma compensação do Rafale pelo FX-2 e por a compra não se submete a licitação.

Pior é ler
a nota da Embaixada Americana... Menciona que somente em 5 de setembro saiu a análise feita pelo Congresso dos EUA sobre a venda potencial do F/A-18 Super Hornet ao governo brasileiro sem nenhuma objeção formal (então há restrição informal? ) à venda proposta. Apesar disso significar que há aprovação do Governo dos Estados Unidos para transferir ao Brasil as tecnologias avançadas associadas ao F/A-18 Super Hornet, não há nada especifico ou por escrito que o Brasil poderá vender com "liberdade" até mesmo "um parafuso" dessa tecnologia absorvida incorporada a um produto (que pode ser um caça, um avião de transporte, ou mesmo um trem de pouso) a um terceiro sem ingerencia americana.

Pior ainda é que de fato não há garantia de acesso aos códigos fontes do caça (ver o que acointeceu com a Austrália que quebrou os códigos para integrar armas aos seus aviões e nunca recebeu sinal verde para comprar os F-35). Observe tambem que a nota da embaixada americana so fala em montagem final do Super Hornet no Brasil, o que me parece pouco para quem pretende "uma parceria de iguais" com a EMBRAER. Por tudo isso a proposta americana ainda é obscura e a francesa não Afinal vem chancelada pelo dirigente máximo do País...

A “zuada” dia 7 com a França é para deixar claro que o Brasil pode mesmo comprar o Rafale e que a questão do Preço de aquisição talvez seja mesmo menos importante. O que importa mesmo é a transferencia de tecnologia e o custo de manutenção que advem disso. Quem sabe, com tudo isso não sai um porta helicopteros ou os F-18 da marinha, ou mesmo uns Super Tucanos para a USAF, ou algo mais prático como o apoio ao Brasil na ONU ou a retirada de sobretaxa aos nossos produtos (como o etanol) no mercado americano.

Ta claro que o governo está querendo conseguir mais uns “bônus” com os americanos que como sempre demoram demais a “abrir a carteira” para o Brasil. Lembra a negociação que o Brasil do J-7 com a china em 1987 (tida como certa) para conseguir os F-5 e Mirage III financiados em meio a moratória do plano cruzado.


Rafale F-3 Dassault (França)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (sNeCMa M882)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: Foi muito usado no Afeganistão, além disso o Brasil já tem aliança na área com a França: está comprando helicópteros e submarinos e o avião possui versão naval capaz de ser usada pela marinha no porta aviões São Paulo. Ponto fraco: É apontado por especialistas como o mais caro e só a França usa o equipamento.

Compra do caça exige conciliação de interesses A dificuldade está em equilibrar aeronave tecnicamente adequada e compensações industriais. Ricardo Bonalume Neto - Fonte: Folha de São Paulo
"Transferência de tecnologia" é algo que ocorre principalmente na esfera da indústria. E, no caso da aquisição de um caça, pode até haver discordâncias entre o que uma força aérea quer e o que as empresas locais da área de defesa gostariam de obter. A FAB quer ter um caça de última geração e ser capaz de operá-lo plenamente. Já as empresas querem tecnologias novas que poderão usar em projetos de seu interesse. O mais difícil é equilibrar o desejo da Aeronáutica pelo avião que considera mais bem adaptado à sua doutrina com as ofertas de processos industriais e tecnologias oferecidas pela empresa estrangeira à parceira nacional. Institutos de pesquisa e universidades podem produzir inovações tecnológicas, mas são os engenheiros e técnicos das empresas que vão pôr isso em prática na produção. Um exemplo é a construção do radar de vigilância antiaérea Saber M-60 criado em colaboração entre o Exército, a empresa privada OrbiSat e a Unicamp. No caso da concorrência da FAB, houve aprimoramento entre a fase inicial (F-X) e a atual (F-X2). Na primeira versão, cada empresa estrangeira tinha de se associar a uma contratada local, o que criou parcerias artificiais e punha em risco a não participação da principal empresa aeroespacial do país, a Embraer, caso não fosse escolhido o Mirage 2000-BR. O FX-2 foi mais sensato em forçar as empresas estrangeiras a fazer acordos e oferecer tecnologias específicas a empresas brasileiras. Qualquer que seja a vencedora, terá que lidar com as empresas brasileiras mais importantes da área -além da Embraer, a Mectron (mísseis), a Aeroeletrônica (eletrônica embarcada), a Omnisys (radares, guerra eletrônica) e a Atech (softwares). A fabricante do Rafale diz que sua proposta de transferência de tecnologia incluiu 65 projetos com 38 instituições ou empresas brasileiras. No passado, a Embraer aproveitou as compras da FAB para se dotar de tecnologias novas. Se o primeiro caça a jato por ela produzido, o Xavante, era um projeto italiano simplesmente montado no país, o acordo seguinte envolveu participação direta no projeto do AMX.

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